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Luan é o pior negócio da história do Corinthians? Veja concorrência

Contratado por R$ 29 milhões, meia-atacante deve chegar a 20 jogos seguidos sem sequer ser relacionado. Relembre outras contratações frustrantes

Onde está Luan? Esta é a pergunta que a torcida do Corinthians mais tem feito nos últimos tempos. Contratado no fim de 2019 por 29 milhões de reais junto ao Grêmio, pelo qual brilhou em conquistas importantes, o meia-atacante com passagem pela seleção brasileira está totalmente fora dos planos do técnico Vitor Pereira. Nem mesmo a sequência de lesões no elenco, que abriu vaga para diversos jovens das categorias de base, ajudou Luan a recuperar espaço.

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Neste sábado, 2, diante do Fluminense, no Maracanã, o treinador lusitano mandará um time alternativo a campo, priorizando o duelo de volta das oitavas de final da Libertadores diante do Boca Juniors. Caso Luan seja novamente preterido, ele completará 20 jogos sem sequer ser relacionado. A situação é constrangedora e já levanta questionamentos: Luan é a pior contratação da história do Corinthians?

Compare agora os números e feitos do camisa 7 e alguns de seus principais concorrentes:

Luan (2020 até o momento)

Corintiano desde a infância, Luan chegou ao Parque São Jorge sob enorme expectativa de que pudesse retomar a boa fase dos tempos de Grêmio. O jogador recebeu a camisa 7, número de seu ídolo, Marcelinho Carioca, e até estreou ao melhor estilo “Pé de Anjo”, marcando um belo gol de falta na Florida Cup de 2020. Mas tudo não passou de uma ilusão: em 80 partidas pelo Timão, Luan fez apenas 11 gols, nenhum deles em momentos realmente decisivos. Além dos questionamentos sobre falta de comprometimento e de fragilidade emocional, o atleta, dono de um dos salários mais altos do elenco, também convive com frequentes lesões. “O Luan já esteve três vezes para ser escalado, e no último momento, vai para o departamento médico. Portanto, não é da minha responsabilidade”, esbravejou o técnico Vítor Pereira em recente entrevista. O presidente Duílio Monteiro Alves mantém discurso de que acredita no atleta, mas está claro que o desejo do clube é negociá-lo o mais rápido possível e assim ao menos reduzir sua folha salarial.

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Luan marcou golaço de falta logo na estreia e Corinthians venceu o New York City, pela Florida Cup – 15/01/2020
Ilusão: golaço de falta logo na estreia, diante do New York City, foi talvez o melhor momento de Luan no Corinthians

Alexandre Pato (2013)

Tanto pelo alto valor investido quanto pelo rendimento em momentos-chave, Pato talvez seja o grande concorrente de Luan. O atacante foi contratado logo depois de o Corinthians faturar o Mundial de Clubes de 2012, por nada modestos 40 milhões de reais, junto ao Milan. O plano era recuperá-lo fisicamente e, com seus gols, manter a supremacia no continente. Pato, porém, nem sequer conseguiu se firmar como titular absoluto em uma equipe que sucumbiu após a eliminação para o Boca Juniors, com direito a uma chance claríssima desperdiçada pelo camisa 7, em jogo marcado pela arbitragem desastrosa do árbitro Carlos Amarilla. A relação com torcida e colegas, que nunca foi das melhores, ruiu de vez após Pato errar um pênalti diante do Grêmio, nas quartas de final da Copa do Brasil. Não foi um erro qualquer: ele chutou o chão ao tentar uma cavadinha sobre o onsagrado goleiro Dida, seu ex-companheiro no Milan. O técnico Tite e a fiel jamais o perdoaram. A contratação de Pato só não foi um fiasco completo, pois proporcionou a chegada de um ídolo. O atacante foi para o São Paulo, em troca com o meia Jadson, bicampeão brasileiro com o Timão em 2015 e 2017. Pato também foi mais feliz no Morumbi.

Alexandre Pato lamenta chance perdida na derrota para a Ponte Preta
Alexandre Pato durante sua curta passagem pelo Corinthians

Matías Defederico (2009 a 2012)

De “Novo Messi a DVDerico”. Empolgado com a ótima fase do time que tinha Ronaldo no ataque e Mano Menezes como técnico, o Corinthians decidiu ousar: pagou cerca de 10 milhões de reais, quantia bem alta para a época, pelo argentino Matías Defederico, meia atacante canhoto prestes a completar 20 anos, apontado pela imprensa argentina como possível sucessor de Lionel Messi após se destacar pelo Huracán. Em campo, o jogador viveu de raros lampejos. Via-se que ele tinha talento, mas nenhuma regularidade. Em recente entrevista ao podcast Papagaio Falante, o presidente Andrés Sanchez admitiu sua frustração. “A pior decepção que eu tive em contratação foi o Defederico. Era um moleque que estava começando na Argentina, que todo mundo falava que era o novo Messi, e quando chegou aqui era a nova furada”. Apelidado de DVDerico, em alusão ao vídeo com melhores momentos no Huracán que iludiu a todos no Parque São Jorge, o argentino fez apenas três gols em 38 jogos. Em seguida, rodou por clubes de todo o mundo, sem grande sucesso, até se aposentar em 2019, aos 30 anos.

O meia argentino Matias Defederico
O meia argentino Matias Defederico

Paulo Nunes (2001)

Esta certamente não foi a pior contratação em termos de custo-benefício, mas talvez tenha sido a que mais tirou a Fiel do sério. Ídolo histórico do rival Palmeiras, Paulo Nunes vivia mau momento, aos 29 anos, quando buscava um novo clube na virada para 2001. Apesar de toda a sua história pelo Verdão, que inclua títulos e comemorações de gols históricas, além de brigas e provocações contra o Timão, o irreverente atacante se ofereceu para atuar pela equipe alvinegra, segundo ele próprio relatou em entrevista para a edição de PLACAR de agosto de 2001, recordada recentemente no blog #TBT PLACAR.

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Paulo Nunes chegou a conquistar o título paulista e o vice da Copa do Brasil, mas nem mesmo com “declarações de amor”, conseguia conquistar a fiel.  Os protestos começaram logo em sua apresentação no Parque São Jorge e jamais cessaram.  “Estou cem por cento fisicamente, fazendo gols, me dedicando ao máximo, mas não está adiantando nada. Imagina o que eu não faria se eles (torcedores) estivessem a meu favor? Quem sabe se eu fizer um gol no Palmeiras…”, disse a PLACAR. Não teve jeito. Ele deixaria o Corinthians justamente no fim daquele mês de agosto, com 25 jogos e quatro gols. Em recente entrevista ao SporTV, ele contou que o clima era insustentável. “Eu tinha seis seguranças. Quando a Gaviões invadiu a churrascaria, os meus seguranças pipocaram. Eu andava com eles todos os dias e eles tinham mais medo do que eu”, brincou, como de costume.

Paulo Nunes, do Corinthians, deitado na sua cama, segurando um coração de pano, em homenagem a sua esposa Liz -
Paulo Nunes em ensaio para a PLACAR: ele só queria amar em 2001

Adriano (2011 a 2012)

Contratado junto à Roma em março de 2011 com o objetivo de suprir a ausência deixada pela aposentadoria do ídolo Ronaldo, o “Imperador” decepcionou. Então com 29 anos, Adriano já convivia com uma sequência de lesões. A presença assídua em festas pela capital paulista tampouco o ajudava a manter o peso ideal. Uma lesão no tendão do tornozelo foi sua maior inimiga. O técnico Tite, incomodado com sua postura profissional, relutava em escalá-lo. Ainda assim, Adriano é lembrado com carinho pelo gol marcado no fim da partida diante do Atlético Mineiro, no Pacaembu, na reta final do Brasileirão de 2011. O tento acabou sendo crucial para a conquista daquele título. No ano seguinte, porém, a paciência da comissão técnica se esgotou e Adriano deixou o Timão, pouco antes da conquista da Libertadores, com apenas dois gols em oito jogos.

Adriano busca reecontrar a intimidade com a bola - agora na segunda divisão francesa
Adriano pouco jogou (e treinou) pelo Timão
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