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Clubes pedem respeito e rebatem fala xenofóbica de diretora do Flamengo

Sport, Sampaio Corrêa, CRB e CSA repudiaram a postagem de Ângela Machado, diretora de Responsabilidade Social e mulher do presidente Rodolfo Landim

O Flamengo se viu no centro de uma polêmica nesta semana, mas não por fatores dentro de campo. Clubes do Nordeste rebateram uma fala xenofóbica da diretora de responsabilidade social do clube, Ângela Machado. Nas redes sociais, ela atacou os eleitores da região após a vitória de Lula (PT) sobre Jair Bolsonaro (PL) na eleição presidencial. Ângela, que é esposa do presidente do clube, Rodolfo Landim, é apoiadora de Bolsonaro. O Flamengo  disse que não irá se pronunciar sobre o assunto.

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“Ganhamos onde se produz, perdemos onde se passa férias. Bora trabalhar, porque se o gado morrer, o carrapato passa fome”, escreveu Ângela em sua conta do Instagram. Devido à repercussão negativa, a dirigente fechou seu perfil depois.

Até o momento, Sampaio Corrêa, CSA, CRB e o presidente do Sport, Yuri Romão, criticaram a postagem da diretoria de Responsabilidade Social do Flamengo. Nesta quarta-feira, 2, o Vasco da Gama também se manifestou.  

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Na conquista do tricampeonato do Rubro-negro na Libertadores, no último dia 29, Ângela chegou a posar para fotos ao lado de jogadores e funcionários do clube, fazendo campanha eleitoral para o atual presidente e então candidato a reeleição Jair Bolsonaro.

Ângela ao lado de Rodinei fazendo ´22', número do presidente Jair Bolsonaro
Ângela ao lado de Rodinei fazendo ´22′, número do presidente Jair Bolsonaro

Lula foi eleito presidente do Brasil com mais de 60 milhões de votos, ou 50,9% dos votos válidos. No Nordeste, ele venceu em todos os nove estados e obteve 69,34% dos votos da região, enquanto Bolsonaro venceu nas demais regiões do país.

Clubes se pronunciam:

Presidente do Sport, Yuri Romão, usou uma frase do poeta nordestino Guibson Medeiros para exaltar o orgulho de ser nordestino.

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O Sampaio Corrêa repudiou a declaração da dirigente por meio de uma nota nas redes sociais. O clube classificou como “xenofóbica” e de agressão “ao povo nordestino com insultos depreciativos”, e pediu respeito. 

O time alagoano CSA disse que a declaração foi uma “agressão ao povo nordestino”.

Já o CRB repudiou o ato e pediu respeito por parte da dirigente.

Nesta quarta-feira, 2, o presidente do Flamengo e marido da diretora de Responsabilidade Social do clube, Rodolfo Landim, comentou pela primeira vez sobre o caso, em participação no “Canal do Benja”. Ele disse que a esposa tem o “direito de se posicionar” e afirmou que o Flamengo não irá se pronunciar sobre o caso.

É óbvio que isso deixa ela muito chateada por algo que ela tenha feito. Isso foi quase um desabafo, por ver a terra que ela tanto ama, ela achar que não vai ter nos próximos anos o destino que ela gostaria que tivesse. Ela tem o direito de se posicionar”, defendeu Landim, que disse ainda que a mulher é natural de Aracaju, capital de Sergipe. 

Questionado se caberia um pedido de desculpas do Flamengo aos nordestinos, já que muitos classificaram a fala como xenofóbica, o presidente carioca disse que não se trata de uma ação do Flamengo, mas sim de uma pessoa. 

Eu não estou acompanhando as redes sociais, porque eu nem sei o que é isso. Eu preciso ter tranquilidade para administrar o Flamengo, que me dá muito trabalho. O problema não é meu, é da minha mulher. (…) Ela é uma pessoa física e tem o direito de se posicionar”, finalizou Landim. 

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