Treinadores negam que entrarão em campo para empatar, resultado que beneficiaria ambas as equipes
Na Copa da Alemanha, em 2006, o treinador Jürgen Klinsmann e o então assistente técnico Joachim Löw estavam sentados no mesmo banco, coordenando a seleção alemã. Löw ocupara o cargo depois de muita insistência de Klinsmann, ambos amigos que frequentarem a casa um do outro. Em 2004, quando assumiu a seleção alemã, Klinsmann havia se recusado a trabalhar com um nome indicado pela federação alemã e fez questão de contratar o compadre. Nesta quinta, na Arena Pernambuco, pela primeira vez os dois amigos estarão em lados opostos numa partida decisiva: Löw agora no comando da Alemanha e Klinsmann como treinador dos Estados Unidos.
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Tanta camaradagem abriria espaço para o arranjo de um empate que garantiria o primeiro lugar à Alemanha e a classificação dos Estados Unidos? “Lemos isso na imprensa, garanto que não existe conchavo. Quem nos conhece sabe que somos ambiciosos e vamos querer derrotar um ao outro. Quando um time entra em campo para empatar, geralmente acaba dando errado”, disse Löw, pouco antes de fazer o treino de reconhecimento do gramado da Arena Pernambuco.
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Compadres – Na Copa de 1982, Alemanha Ocidental e Áustria se enfrentaram pela última rodada da primeira fase, numa partida que ficou conhecida como “A Vergonha de Gijón”. Como no dia anterior a Argélia já havia enfrentado o Chile, as duas seleções sabiam que se classificariam caso os alemães vencessem por um ou dois gols de diferença. A Alemanha abriu o placar aos nove minutos do primeiro tempo com um gol de Horst Hrubesch. Até o fim da primeira etapa, o jogo transcorreu de maneira normal. No segundo tempo, a partida se transformou num festival de toques de lado, com as duas equipes decididas a não atacar. Com a evidente combinação, a torcida explodiu em gritos de “que se beijem, que se beijem” e “Argélia, Argélia, Argélia”, que foi eliminada por causa do acerto. A Fifa, então, determinou que as partidas da última fase de um mesmo grupo fossem disputadas no mesmo horário.
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Ao menos no discurso o treinador dos Estados Unidos também fez questão de afastar a hipótese de combinação. “Desejo à Alemanha o melhor, eles são favoritos nessa Copa. Nós estamos longe do favoritismo, mas somos capazes de vencê-los. É possível. Essa Copa está cheia de surpresas e queremos ser uma delas.” Sobre o fato de enfrentar a seleção de seu país, ele foi bem-humorado: “Acho que a torcida da minha família vai estar dividida. Faz parte do trabalho. O importante é que todos vão assistir a um excelente jogo de futebol.
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