Rival do Flamengo nas quartas da Libertadores, equipe argentina é tetracampeã continental e mesmo assim não entra em seleta lista de gigantes do país
O Estudiantes de La Plata é o rival do Flamengo nas quartas de final da Copa Libertadores. A equipe argentina é tetracampeã da competição, já ganhou também o Mundial de Clubes e a galeria de troféus conta com todos os principais títulos do país. Ainda assim, o time Pincha não é considerado um grande na Argentina. PLACAR explica o motivo.
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Na Argentina, a ideia dos “cinco grandes” surgiu ainda no início do século XX. A AFA (Associação do Futebol Argentino) reconheceu Boca Juniors, River Plate, Racing, Independiente e San Lorenzo como os clubes mais importantes. Esse status veio não apenas pelos títulos, mas principalmente pela quantidade de sócios, presença popular e peso político dentro da entidade.
Assim, mesmo times vitoriosos como Estudiantes, Vélez Sarsfield e Rosario Central ficaram fora desse grupo seleto. O rótulo se consolidou ao longo das décadas e, até hoje, influencia a percepção sobre o futebol argentino.
O Estudiantes soma conquistas expressivas, como quatro Copas Libertadores e diversos títulos nacionais. No entanto, sua torcida menor em comparação aos gigantes de Buenos Aires reduziu o alcance popular do clube. Para muitos analistas, a força da massa de torcedores ainda pesa mais do que a quantidade de taças.
O fator torcida chega até a ser curioso na Argentina. Isso porque o censo de 2022 apontou que equipes de fora da província de Buenos Aires, como Newell’s Old Boys, Talleres, Rosario Central e até Belgrano têm mais torcedores que o Estudiantes.
A equipe pincha divide a cidade com o Gimnasia, maior rival e que nunca foi sequer campeão. Ainda assim, o Estudiantes vence o clássico em número de torcedores por pouco (25 mil x 21 mil) – dados do censo de 2022 elaborado pela TyC Sports.
Na década de 1960, o Estudiantes viveu seu auge, conquistando títulos internacionais e desafiando a hegemonia dos grandes. Porém, fora desse período, a equipe não manteve uma regularidade comparável a Boca Juniors ou River Plate. Isso reforçou a ideia de que o clube é tradicional e vencedor, mas não alcança o patamar de “gigante nacional”.
‘Brujita’ Verón deu sequência ao legado do pai com Libertadores de 2009 – EFE/MARCELO SAYAO
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