Nutrição no futebol: a revolução silenciosa em campo

A nutrição no mundo do futebol vem ganhando capítulos cada vez mais sofisticados ao longo dos anos. A importância da especialidade já é equivalente aos exercícios físicos, aprimoramento técnico e tático em clubes de grande porte ao redor do mundo.

O que um jogador de alto rendimento hoje ingere não é mais colocado em segundo plano ainda que haja aqueles que driblam a nutrição. Atualmente, tudo o que o jogador ingere é acompanhado minuciosamente pela comissão técnica do seu respectivo clube.

Para a nutricionista do Red Bull Bragantino, Denise Pereira, não há mais como desassociar a nutrição da preparação física ou técnica em um time profissional, como mostra o estudo “A Ciência da Vitória”, publicada pela Superbet, casa de apostas esportivas.

“A dedicação que os jogadores precisam ter com a alimentação e a suplementação de nutrientes, aliada aos cuidados como o sono, precisa ser de 100%. E não só na véspera dos jogos. É uma responsabilidade dos jogadores com a carreira e a estrutura física deles”, disse Denise.

Nas principais ligas esportivas do mundo, os atletas recebem um plano alimentar que precisam seguir diariamente para que tenham uma ótima condição de trabalho.

“Isso vai garantir um gol, uma defesa feita em um pênalti, um último sprint ao final de um jogo”, completou.

Anteriormente, o conhecimento em relação à importância da alimentação dos atletas estava apenas engatinhando. Hoje a área é encarada como fundamental para que os jogadores tenham um desempenho de excelência.

“Não se trata apenas de vencer competições, mas sim de garantir que os atletas alcancem seu máximo potencial de forma sustentável e saudável. Afinal, um corpo bem nutrido e saudável é o alicerce sobre o qual o sucesso esportivo é construído. Desde as categorias de base até o profissionalismo, a educação nutricional desempenha um papel crucial no desenvolvimento atlético dos jovens atletas”, disse Flávia Magalhães, nutricionista e médica do esporte com passagens pela seleção brasileira.

A intuição de ingerir alimentos naturais ainda é correta, mas para o alto nível, a partir da década de 1970, começaram os primeiros passos da ciência. Na década seguinte, surgiu ainda as bebidas esportivas para dar um incremento na hidratação. Até a virada do século, a nutrição ganhou status de ciência do futebol e virou parte do alto rendimento.

“No passado, a recomendação era praticamente a mesma para todos os jogadores. Hoje, utilizamos estratégias individualizadas, ajustadas ao perfil de cada atleta, ao calendário de treinos e jogos, ao posicionamento em campo. Por exemplo, um lateral, que percorre distâncias enormes em alta intensidade, têm demandas diferentes das de um goleiro”, explicou Nathalia Fiori, especialista em nutrição aplicada, com passagens por clubes de futebol.

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