Clube do norte da Itália já contou com lendas como Roberto Baggio, Guardiola e Pirlo, e hoje planeja se unir a empresas e outras equipes para ser refundado
A FIGC, federação italiana de futebol, anunciou nessa quinta-feira, 3, que o Brescia foi oficialmente excluído da série C da Itália, após “não cumpriu todas as condições e requisitos necessários para obter a licença”.
Faltava apenas o anúncio oficial, que veio acompanhado de um comunicado de imprensa: o Brescia Cálcio está fora do futebol profissional após 114 anos. O clube já havia declarado falência três semanas atrás, após não conseguir pagar parte de sua dívida (3 milhões de euros, equivalente a R$ 19 milhões pela cotação atual, de uma dívida total de 8 milhões de euros), após disputar a Série B do país na última temporada.
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O clube, que disputou a primeira divisão pela última vez há 5 anos, já contou com lendas do futebol como Roberto Baggio, Pep Guardiola, Gheorghe Hagi e Andrea Pirlo.
Baggio, Apiah e Guardiola no Brescia.
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Diante da devastadora notícia para os torcedores do Brescia, a prefeitura da cidade ao norte da Itália decidiu intervir, convocando os dirigentes das três clubes locais (Ospitaletto, Lumezzane e FeralpiSalò ) para avaliar a viabilidade de iniciar um novo projeto.
O plano, portanto, é criar uma nova equipe, segundo o jornal italiano Gazzetta dello Sport. Um acordo com Grupo Feralpi, empresa fabricantes de aço, está quase fechado. No momento, a corrida é contra o tempo: o objetivo é se juntar ao FeralpiSalò, equipe da terceira divisão italiana, para jogar no Rigamonti, estádio do Brescia.
O Brescia não é o primeiro clube conhecido a declarar falência no Campeonato Italiano. Parma, Torino, Napoli e Fiorentina também já passaram por algo similar e foram refundados.
Atual campeão italiano, o Napoli quase foi extinto em 2004, quando a Justiça do país decretou a falência do clube, que tinha uma dívida de 70 milhões de euros. Com a chegada do produtor cinematográfico Aurélio de Laurentiis, o clube sanou as dívidas. Em 2002, foi a vez da Fiorentina fechar as portas, mudar de nome e se desfazer de grandes jogadores.
Em suma, o comunicado de imprensa oficial emitido pela Figc fala em “incumprimento dos critérios legais e econômico-financeiros para a obtenção da Licença Nacional para efeitos de admissão ao Campeonato da Série C 2025/2026”. Mas os problemas começaram muito antes disso.
Na realidade, as acusações feitas contra o clube do norte da Itália são extremamente numerosas e vão desde a falta de pagamento à série B, de um montante equivalente a 1,1 milhão de euros, cerca de R$ 7 milhões, que venceu em 31 de janeiro passado, além de indenizações devidas a membros, funcionários e colaboradores do setor esportivo referentes aos meses de março e abril.
Entre as irregularidades apontadas pela federação, destacam-se vários outros pagamentos não efetuados à Receita Federal.
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