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Mundial de Clubes

Política de imigração contradiz acolhimento que Fifa espera na Copa

Trump (EUA) e Infantino (Fifa) estão afinados, mas deportações, proibições de entrada e vistos negados ganham destaque na abertura do Mundial

Publicado por: André Avelar, de Miami, nos EUA em 14/06/2025 às 08:00 - Atualizado em 14/06/2025 às 21:52
Política de imigração contradiz acolhimento que Fifa espera na Copa
Donald Trump e Gianni Infantino em reunião na Casa Branca - FRANCIS CHUNG / EFE

Mundial de Clubes em um ano, Copa do Mundo no outro. O futebol teria tudo para ser destaque nos Estados Unidos com o torneio de clubes que começa neste sábado, 14, e, de certa forma, serve de preparação para a competição de seleções em 2026. No entanto, a política de imigração promovida pelo presidente Donald Trump contradiz o ambiente de acolhimento que a Fifa, de Gianni Infantino, espera em seus torneios.

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Al Ahly, do Egito, e Inter Miami, time da casa, que conta com as estrelas Lionel Messi e Luis Suárez, se enfrentam no Hard Rock Stadium, a partir das 21 horas (de Brasília), pelo Grupo A da competição. Palmeiras e Porto estão na mesma chave e jogam no domingo, no MetLife Stadium, em Nova Jersey.

 

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Política de imigração no Mundial

Os protestos contra a política anti-imigração de Trump entraram em seu oitavo dia na última sexta. Se antes estava restrito a Los Angeles e áreas próximas, ganharam mais e mais cidades, como Nova York e Atlanta, também entre as 11 cidades-sede do Supermundial.

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As ações tiveram como motivação as ações da ICE (agência de Imigração e Fiscalização Aduaneira na sigla em inglês) que fez operações em estabelecimentos comerciais e empresas para buscar estrangeiros que estavam em situação irregular no país. A partir daí, confrontos contra a polícia foram registrados.

Trump, que em sua cerimônia de posse contou com a presença de Infantino entre outros aliados, celebra o que chamou de “maior deportação em massa da história do país”. Organizações ligados aos direitos civis prometem protestos por várias cidades em uma ação chamada de “No King”, Sem Rei em português.

Infantino, desde muito antes, sabia da situação em que estava metido com as suas principais competições e, antes mesmo de perguntado, falou abertamente no 75º Congresso da Fifa, realizado em maio, em Luque, no Paraguai, o que espera ver nos EUA. Curiosamente, o dirigente chegou atrasado ao evento porque estava em uma reunião com Trump, no Catar.

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“O mundo é bem-vindo na América. Claro, os jogadores, as comissões técnicas, mas também os torcedores. Aqueles que querem celebrar o futebol, com as suas famílias e amigos para viver momentos especiais. Não queremos baderneiros no mundo, não apenas no futebol. Queremos que todos vão aos Estados Unidos para curtir”, afirmou Infantino, já sem parte dos dirigentes europeus, que lideraram um protesto pelo atraso do presidente da Fifa.

“Será um evento de primeira linha. Certamente, gostaria de ir. Gostei do que o Infantino disse de ser como três Super Bowls [a final da NFL, a principal liga de futebol americano] em um único dia”, disse Trump em cerimônia na Casa Branca.

Protestos contra política de Trump ganharam as ruas dos EUA - CAROLINE BREHMAN / EFE

Protestos contra política de Trump ganharam as ruas de Los Angeles, nos Estados Unidos – CAROLINE BREHMAN / EFELOS ANGELES

Abertura do Supermundial

Em Miami, palco da abertura e de outros sete jogos, a comunidade estrangeira é tem muita representatividade. Nas ruas, é extremamente comum ouvir, por exemplo, o idioma espanhol ao invés do inglês. Os números de imigrantes são desencontrados entre os 2,8 milhões de habitantes totais nos arredores de Miami — estima-se que 20% sejam de imigrantes, não todos ilegais. Por outro lado, o governo americano chegou a anunciar até 2.000 prisões por dia em todo o país.

Os relatos de estrangeiros nas ruas, sobretudo argentinos, em maioria para ver o ídolo Messi e também o Boca Juniors, time baseado e que faz dois jogos na cidade, são de tristeza com os acontecimentos. Há quem acredite que Miami possa não viver exatamente esse clima de festa pela dificuldade de entrada no país e o que chamam de “perseguição” contra os estrangeiros.

Ayrton Costa, zagueiro do Boca Juniors, foi um dos que teve o visto inicialmente negado para viajar aos EUA. O atleta recebeu um visto especial de 26 dias, já que foi alvo de uma queixa criminal por roubo qualificado em 2018. O zagueiro aceitou uma sentença probatória em 2023 e conseguiu viajar aos EUA.

Além da dificuldade de visto, o governo americano colocou em vigor na semana passada o decreto com proibições de entradas a cidadãos de 12 países. A entrada de pessoas de outros sete países, entre elas a Venezuela, será parcialmente restrita. Assim como Costa, os demais atletas ganharam condições facilitadas para a entrada nos EUA.

O Supermundial começa neste sábado e vai até 13 de julho, com transmissão de sportv, Globoplay e Cazé TV. A final está guardada para o MetLife Stadium, em Nova Jersey.

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