Zezé Perrella cita dívida de 700 milhões e diz que ‘vai cortar na carne’
Ex-presidente do Cruzeiro, atual gestor de futebol do clube mineiro, diz que gostaria de ajudar na reconstrução da equipe para a Série B
Após a derrota para o Palmeiras que decretou o rebaixamento do Cruzeiro, Zezé Perrella, gestor de futebol do clube mineiro, concedeu entrevista coletiva e expôs diversas dificuldades enfrentadas pelo clube. De acordo com o dirigente, uma das situações que mais pesam é a financeira, pois há uma dúvida de nada menos que 700 milhões de reais.
“O Wagner (Pires de Sá, presidente do Cruzeiro), teria que ter entrado já pensando em sanar a dívida que já era de quase 500 milhões. Como essa dívida foi para 700 milhões?”, disse. Perrella já projetou também mudanças no clube para 2020, sobretudo no que diz respeito aos jogadores, que hoje compõem uma folha salarial aquém daquilo que o Cruzeiro consegue pagar.
“Se estamos com dificuldade de pagar esses salários astronômicos na primeira divisão, imagina na segunda? É hora de cada um entender que o Cruzeiro não tem condições de bancar isso. Vamos conversar com esses jogadores”, afirmou Zezé, que disse ter vontade de continuar dentro do clube para ajudar na reconstrução da equipe para a Série B
No entanto, a reconstrução, de acordo com o dirigente, não se dará apenas dentro das quatro linhas, e deve se estender por todos os setores do clube. “Contratamos uma consultoria, a Falconi, que está nos ajudando a identificar onde cortar na carne. Hoje o Cruzeiro tem 250 funcionários a mais do que na época em que saí. Virou um cabide de emprego. Na Toquinha (centro de treinamento da base) tem mais funcionário que jogador. É um funcionário e meio para cada jogador”, completou.