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Times históricos: São Caetano de 2002

Time quase virou a maior zebra da história do torneio

Publicado por: Redação PLACAR em 19/12/2016 às 16:19 - Atualizado em 19/12/2016 às 16:19

Poderia ser uma das maiores zebras da história da Copa Libertadores. Um time do interior de São Paulo, mesmo que da Grande São Paulo, chegava à final do torneio mais desejado pelos clubes brasileiros nos últimos tempo e por pouco, muito pouco, não conquistou.

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O time já participara da Libertadores pela primeira vez em 2001, após o surpreendente vice-campeonato brasileiro de 2000. Contudo, em 2001, o clube repetiu o vice-campeonato brasileiro e voltou à Libertadores. Em 2001, foi eliminado pelo Palmeiras nos pênaltis, nas oitavas de final. Em 2002, a história seria outra.

São Caetano fez brilhante campanha em 2002 – Alexandre Battibugli

Comandando ainda por Jair Picerni, o time ainda tinha Sílvio Luiz no gol, segurando tudo atrás. Russo era o lateral direito, enquanto Rubens Cardoso, inteligente e rápido lateral jogava pela esquerda. O miolo de zaga jogava junto há algum tempo e dava segurança, com Dininho e Daniel. O volante era talvez o principal jogador do time. Marcos Senna, que depois iria para a Europa, viraria espanhol e campeão da Eurocopa, organizada o time vindo de trás. Adãozinho era seu companheiro na volância. Na meia, o craque era Arílson, o camisa dez daquele time, baixinho e rápido. Eu seu lado jogava Robert, que experiente meia que seria campeão com o Santos no segundo semestre. Por fim, o ataque tinha Aílton e o matador e goleador Brandão, com Somália dando opção também como centroavante.

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Naquele ano de 2002, os estaduais foram deixados de lado e o Rio-São Paulo ganhou uma versão estendida. E o São Caetano foi a surpresa do torneio. Mesmo com os quatro grandes de São Paulo e do Rio de Janeiro jogando, o time se classificou com o quarto lugar, um ponto à frente de Fluminense e Vasco. E a vaga veio na última rodada, com vitória de 2 x 1 sobre o Fluminense, em São Caetano, com um gol de Marcos Senna aos 45 do segundo tempo. A vitória foi de virada e o Azulão ainda contou com derrota do Vasco para o Corinthians por 0 x 1. 

Marcos Senna foi o cara do meio de campo do time vice-campeão da América – Reprodução

Na semifinal, encarou o Corinthians. Empatou por 1 x 1 em casa, mas acabou sendo eliminado com derrota de 3 x 1 no segundo jogo. Anaílson fez 1 x 0 no jogo da ida, mas logo Ricardinho empatou. No jogo de volta, Brandão fez 1 x 0 para o Azulão, mas o Corinthians virou com gols de Leandro (2) e Rogério.

Por estar na Libertadores, o time não jogou a Copa do Brasil. No Brasileiro, no segundo semestre, o time foi o segundo colocado na primeira fase, novamente com uma campanha incrível. Nas quartas, no entanto, contra o Fluminense, uma derrota por 3 x 0 (todos os gols após os 30 do segundo tempo) no Maracanã tirou o sonho da equipe, que ainda venceu por 2 x 0 no Anacleto Campanella, mas acabou eliminado. Naquele segundo semestre o time já estava reforçado com Claudecir e Magrão, além do retorno do atacante Adhemar e a chegada do bom Marco Aurélio. Em contrapartida, Marcos Senna já havia deixado o time.

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Adãozinho na final contra o Olimpia, em 2002 – ALEXANDRE BATTIBUGLI

Na Libertadores, que foi onde o time surpreendeu, o Azulão caiu em um grupo duro para uma equipe com apenas uma Libertadores no currículo. Cobreloa-CHI, Cerro Porteño-PAR e Alianza Lima-PER eram os rivais. E o time brasileiro começou com derrota por 2 x 1 no Chile, para o Cobreloa. Em casa, no entanto, compensou com vitória de 4 x 0 diante do Alianza Lima, com dois de Brandão. Na rodada seguinte, no Paraguai, vitória de 3 x 1 sobre o Cerro Porteño, na Ciudad de Leste.  Em casa, contra o Cobreloa, vitória por 3 x 0. No Peru, contra o Alianza Lima, vitória por 3 x 0 e vaga garantida, quase com o primeiro lugar. Em casa, contra o Cerro na última rodada, a derrota por 1 x 0 deixou ainda o time com o primeiro lugar da chave, com vitórias convincentes e com Brandão marcando muitos gols.

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Nas oitavas de final, no Chile, contra a Universidad de Chile, empate em 1 x 1. Anaílson fez 1 x 0 para o Azulão, que sofreu o empate. Em casa, Brandão fez 1 x 0, mas o time chileno novamente empatou. Nos pênaltis, o São Caetano passou com vitória por 4 x 2. Os pênaltis marcariam a caminhada do clube no torneio.

Nas quartas de final o rival era o campeoníssimo Peñarol, do Uruguai. Derrota por 1 x 0 em Montevidéu. Em São Caetano do Sul, o Peñarol fez 1 x 0, mas Jean Carlos e Somália viraram para o time brasileiro. Nos pênaltis, apenas Adãozinho perdeu e o São Caetano passou com triunfo por 3 x 1. 

Com isso, o time chegava à semifinal contra o bom América-MEX. Em casa, a vitória por 2 x 0, com gols de Somália e Adãozinho (de pênalti) davam ao time tranquilidade para ir ao México buscar uma vaga na final. E no Azteca, Aílton fez 1 x 0 para o Azulão, que sofreu o empate no começo da segunda etapa, mas foi só.

A final seria contra o Olimpia, do Paraguai, que passara pelo Grêmio na semifinal. E a surpresa aconteceu logo no jogo de ida. No Defensores del Chaco, o Olimpia perdeu por 1 x 0, com gol de Aílton no começo da segunda etapa.

A decisão seria no Pacaembu, pois o Anacleto Campanella não teria capacidade suficiente para aguentar o jogo. Aílton, novamente ele, fez 1 x 0 para o São Caetano na primeira etapa. Mas Córdoba e o bom Báez, viraram para o Olimpia na segunda etapa.

Com isso, o jogo foi para os pênaltis. Adãozinho fez 1 x 0 para os brasileiros. Enciso empatou para o Olimpia. Marcos Senna fez 2 x 1 São Caetano. O craque do time, Órteman empatou. Marlon perdeu o terceiro do São Caetano. Hernán López marcou. O zagueiro Serginho perdeu o quarto do Azulão, e Mauro Caballero fez o gol do título paraguaio, o terceiro do clube.

O sonho acabou, mas o time do São Caetano seguiu fazendo boas campanhas até 2004. 

São Caetano, na final contra o Olimpia – Silvio Luiz, Dininho, Somália, Daniel, Bruno Quadros, Serginho, Luciano; Russo, Adãozinho, Anaílson, Robert, Rubens Cardoso, Marcos Senna, Aílton, Marlon, Jean Carlos, Chininha e Wágner – Reprodução

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