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Times históricos: River Plate de 1996

Só faltou o Mundial ao time de Ramón Díaz

O campeão da Libertadores de 1996 era uma máquina. O River Plate ganhou merecidamente o torneio e poderia ter conquistado muito mais com o elenco qualificado que tinha naquele ano.

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No gol, dois goleiro que defenderam a seleção nos anos seguintes. Bonano e Burgos davam segurança para um time muito competente. 

Na defesa, o paraguaio Ayala mostrava muita qualidade, que não foi repetida quando veio jogar no São Paulo, anos mais tarde. Berizzo e Lombardi, além de Guillermo Rivarola também traziam qualidade para o miolo de zaga. Na lateral esquerda, em parte do tempo, o clube teve Sorín, após passagem pela Juventus. Na outra lateral, Altamirano. O meio de campo era recheado de craques. Almeyda, Astrada, Berti (veio após a Libertadores, em que foi vice pelo América de Cali), Hernán Díaz, além dos craques que surgiam, Aimar (um ano depois), Gallardo e Ortega, além do eterno craque e ídolo uruguaio, Enzo Francescoli. No ataque, além do habilidoso e matador chileno, Marcelo Salas (após a Libertadores), o time tinha como destaque o craque argentino Hernán Crespo.

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Crespo era o craque-artilheiro do River no primeiro semestre – Site oficial do River Plate

No Clausura de 1995/1996, disputado no primeiro semestre de 1996, junto com a Libertadores, o River foi mal. Apenas o 14° de 20 clubes. Mas o time estava concentrado na disputa da Libertadores. Em um grupo com o também argentino San Lorenzo e os venezuelanos Minervén e Caracas, o River passou em primeiro. Foram quatro vitórias e apenas dois empates. Os empates foram contra o San Lorenzo. 1 x 1 fora de casa e 0 x 0 em casa.

Na conquista da Libertadores, o time base do River vinha com Burgos, Hernán Díaz (na lateral direita), Ayala, G. Rivarola e Altamirano; Almeyda, Cedrés, Escudero e Ortega; Francescoli (no ataque, voltando para a meia) e Crespo. Após esse time é que entraram Sorín (que voltava da Europa e era opção no banco), Gallardo e Salas (que veio após a Libertadores), por exemplo, além do surgimento de Pablito Aimar (esse, em 1997).

Ramón Díaz era o comandante dessa equipe vitoriosa do River – Reprodução

Nas oitavas veio a primeira derrota. O Sporting Cristal, em Lima, fez 2 x 0 na primeira etapa. A quatro minutos do fim, Crespo descontou. Parecia que esse seria o gol salvador, mas nem fez falta no jogo de volta. O River fez 4 x 0 só no primeiro tempo, com Crespo (2), Francescoli e Ortega. No começo da segunda etapa, Solano e Julinho, que haviam marcado no Peru, descontaram para o time visitante, mas Cedrés fez o quinto e colocou o River nas quartas, novamente contra o San Lorenzo.

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Logo no primeiro jogo, fora de casa, vitória do River. Crespo abriu o placar cedo. Ruggeri empatou ainda no primeiro tempo, mas Ortega, aos 35 do segundo tempo, fez o gol que colocaria o River na semifinal da competição. No jogo da volta, com dois gols na segunda etapa, River e San Lorenzo ficaram no 1 x 1. Crespo fez 1 x 0 para om time da casa, mas Ruggeri empatou para os visitantes.

Ortega na final do Mundial, contra a Juventus – Anton Want/Allsport

A semifinal seria contra o bom time da Universidad de Chile, do ótimo atacante Marcelo Salas, que viria para o River após a Libertadores. No Chile, Francescoli fez 1 x 0 para o River. Salas e Valencia viraram para os donos da casa, mas Sorín, aos 34 do segundo tempo, empatou o jogo. Na volta, na Argentina, o volante Almeyda colocou o time na final com um gol aos 33 do primeiro tempo.

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E a final seria contra o América de Cali, que havia eliminado o atual campeão Grêmio, na semifinal. No primeiro jogo, na Colômbia, vitória do América por 1 x 0, com gol de De Ávila. No jogo da volta, no Monumental de Núñez, vitória do River por 2 x 0, com gols de Crespo aos seis do primeiro tempo e 14 do segundo. 

Francescoli era o craque-experiente e capitão desse time do River – Reprodução El Gráfico

Após o título, Crespo, artilheiro do clube non torneio, com 10 gols, foi para o Parma, Salas chegou e o time brilhou também no nacional.

No torneio apertura da temporada 1996/1997, disputado no segundo semestre daquele ano, o River conquistou com sobras. Em 19 jogos, foram 15 vitórias, um empate e apenas três derrotas, com 52 gols marcados (melhor ataque disparado – o segundo marcou 36) e 22 sofridos. Julio Cruz, que também tinha chegado no time, foi o artilheiro do time no torneio com dez gols. 

O time ainda conquistaria o clausura no primeiro semestre de 1997, com 12 vitórias, cinco empates e duas derrotas em 19 jogos, tendo Francescoli como artilheiro do time no torneio, com 12 gols.

Revista El Gráfico fez um especial do campeão da América – Reprodução

No final do ano, o clube ainda disputou o torneio Intercontinetal, o Mundial de Clubes, contra a Juventus-ITA. Naquele jogo, com um time modificado em relação ao campeão da Libertadores, o River entrou com Bonano, Díaz, Ayala, Berizzo e Sorín; Monserrat (que havia chegado do San Lorenzo), Astrada, Berti (que havia chegado do América de Cali) e Francescoli; Ortega e Julio Cruz. No banco, o time ainda tinha Burgos e Rivarola, titulares do time campeão da Libertadores, além de Gallardo e Salas.

Apesar do grande time, o River foi eliminado na primeira rodada da Supercopa de 1996, para o Atlético Nacional, com empate por 2 x 2 na Argentina e derrota na Colômbia por 2 x 1.

Naquela final, o time argentino perdeu para a Juventus por 1 x 0, com gol de Del Piero aos 36 da segunda etapa. 

O comandante dessa grande equipe era Ramón Díaz, que também havia sido ídolo do time como jogador anos antes. 

O River Plate na final da Copa Libertadores de 1996 – Altamirano, Hernán Díaz, Cedrés, Ayala, Guillermo Rivarola e Burgos; Almeyda, Escudero, Ortega, Francescoli e Crespo – Reprodução

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