Time foi semifinalista da Eurocopa e da Copa do Mundo
Essa seleção não conquistou títulos, mas foi terceira colocada em uma das Copas do Mundo mais equilibradas dos últimos tempos. A Copa dos EUA ficou famosa por ser a Copa das seleções de um craque. Cada time tinha um grande craque e, variando entre umas e outras, um bom elenco.
A Suécia tinha um craque surgindo e um elenco muito competente em 1994. Uma geração de talento surgia na ilha nórdica, que dois anos antes havia sediado uma Eurocopa. E naquela Euro a base do time de 1994 já estava jogando, com o experiente goleiro Ravelli, o meia Tomas Brolin, o atacante Kennet Andersson e o também atacante Dan Dahlin, filho de venezuelano, recém-chegado à seleção profissional da Suécia.
Naquela Euro, a Suécia foi primeira do grupo A. Empatou em 1 x 1 com a França, gol de Jan Eriksson, venceu a Dinamarca por 1 x 0, gol de Brolin, e bateu a Inglaterra por 2 x 1, gols de Jan Eriksson e Brolin.
Na semifinal, no entanto, caiu diante da forte Alemanha, atual campeã do mundo, com derrota por 3 x 2. Brolin e Kennet Andersson marcaram para os suecos.
Kennet Andersson, atacante de 1,93 m, era a referência do ataque dessa equipe que se classificou em primeiro no Grupo 6, que tinha Bulgária, França, Áustria, Finlândia e Israel. A Bulgária passou em segundo. A Suécia fez 10 partidas, vencendo seis, empatando três e perdendo apenas uma, com 19 gols marcados e oito sofridos. A única derrota aconteceu em Paris, para a França, em derrota por 2 x 1.
E Dahlin brilhou nessas Eliminatórias em que surgia aquele que viria ser o último craque sueco antes de Ibrahimovic. Henrik Larsson estreava pela seleção em 1993 e marcou contra a Finlândia seu primeiro gol, na vitória por 3 x 2 dos suecos em Estocolmo.
Larsson viria a ser craque sueco anos mais tarde, mas naquela Copa, quem brilhou foi Dahlin, ao lado de Andersson no ataque, e o meia criador e artilheiro Brolin, destaque absoluto do time.
Na Copa, empate em 2 x 2 com Camarões na cidade de Pasadena, com gols de Ljung e Dahlin. Contra a Rússia, vitória por 3 x 1, com dois de Dahlin e um de Brolin. O primeiro desafio seria no terceiro jogo, contra aquela que seria a seleção campeã do mundo. Kennet Andersson, aos 23 do primeiro tempo, abriu o placar em Michigan, mas Romário empatou, de biquinho, logo no começo da segunda etapa.
Classificado em segundo lugar no grupo, a Suécia enfrentou a Arábia Saudita nas oitavas. Com dois de Andersson e um de Dahlin, o time chegou às quartas. A adversária era a surpreendente Romênia, que fazia um grande Mundial e havia eliminado a Argentina, comandada por Hagi. Em jogo duro, empatou por 1 x 1 no tempo normal, com gol de Brolin. Na prorrogação, novo 1 x 1, dessa vez com gol de Andersson. A partida foi para os pênaltis e surgiu a estrela do goleiro Ravelli, que pegou dos pênaltis e levou o time para a semifinal.
Novamente contra o Brasil, os suecos não foram páreos e perderam a primeira no torneio, perdendo por 1 x 0, com gol do Baixinho Romário, de cabeça. “Foi um jogador baixinho que acabou com a gente. Acho que a grama estava muito alta e eu não consegui vê-lo. O Romário era um dos melhores do mundo. Dentro da área, ele era imparável”, disse o goleiro sobre o atacante brasileiro.
Restava para os suecos a disputa do terceiro lugar. E de lá veio a goleada por 4 x 0 sobre a Bulgária, com gols de Brolin, Mild, Larsson, que ganhava sua chance e marcava seu primeiro gol em Copas, e Kennet Andersson, todos os tentos no primeiro tempo.
A Suécia dessa geração voltaria a enfrentar o Brasil na Copa Umbro, perdendo por 1 x 0, gol de Edmundo. Naquele torneio, o time ainda empataria em 3 x 3 com a Inglaterra e com o Japão, por 2 x 2, terminando a competição em terceiro.
Hoje, Larsson é o terceiro maior artilheiro da história sueca, com 37 gols. Já Andersson é o sexto, com 31. Dahlin é o oitavo, com 29 e Brolin é o nono, com 27.