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“Temporada da NFL pode não começar este ano”, diz Anthony Fauci

O imunologista, que aconselha Donald Trump nas ações de saúde pública dos Estados Unidos, alertou para uma segunda onda de contaminação do coronavírus

A temporada de 2020 da NFL pode ser adiada, pelo menos é o que cogita o imunologista americano Anthony Fauci, principal conselheiro do presidente Donald Trump nas ações de saúde pública dos Estados Unidos no combate ao coronavírus. Segundo ele, em entrevista à emissora americana CNN, as condições para o início da temporada, marcada para o início de setembro, ainda são complicadas, mesmo que a liga utilize protocolos sanitários rigorosos.

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“A menos que os jogadores estejam essencialmente em uma bolha, isolados da comunidade e testados em quase todos os dias, é muito difícil ver como o futebol americano possa ser disputado neste outono. Se houver uma segunda onda, o que certamente é uma possibilidade e seria agravado pela temporada da gripe, o futebol talvez não aconteça neste ano”, disse o diretor do Instituto Nacional de Alergia e Doenças Infecciosas.

A declaração de Fauci vai contra ao que defende Roger Goodell, comissário da NFL, que ainda acredita na realização da temporada na data prevista e com a presença de fãs. “Todas as nossas discussões e nosso foco estão voltados para uma temporada tradicional, começando na data prevista, jogando em frente aos fãs e disputando os 16 jogos da temporada regular e todos os jogos dos playoffs. Tenho certeza disso? Não tenho certeza se estarei aqui amanhã, mas planejo estar, assim como planejamos uma temporada completa”, declarou.

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A possibilidade de uma segunda onda pode prejudicar o plano de Goodell, visto que a liga tem 32 times de 30 cidades diferentes e, por esse motivo, muitas viagens precisariam ser realizadas para a disputa dos jogos. O planejamento da NBA, que terminará a temporada com jogos realizados no complexo da Disney, em Orlando, também apresentaria problemas para a NFL, pois o campeonato costuma ser disputado em sete meses, incluindo o a pré-temporada, ou seja, os jogadores precisariam ficar confinados durante um período longo.

Além dos problemas relacionados ao coronavírus, a NFL também tem de lidar com o problema de relacionamento com seus jogadores, que protestam e exigem igualdade racial na liga. Os negros representam 70% dos atletas da liga, mas praticamente não são representados em cargos técnicos e administrativos. As manifestações foram motivadas pela morte de George Floyd, em Minneapolis, e a “exclusão” do quarterback Colin Kaepernick, que perdeu o emprego em 2106, quando começou a se ajoelhar durante o hino nacional, reivindicando igualdade racial.

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