Técnico da Bélgica quer esticar trajetória iniciada em 2002
Ex-atacante Wilmots caiu nas oitavas, diante do Brasil, na última participação belga em Mundiais. Contra os EUA, nesta terça, ele quer seguir de onde parou
“A arbitragem foi fantástica na partida de sábado, e isso é bom, pois não há nada pior do que sair de um torneio por causa de um erro”, disse o técnico belga
A última eliminação da Bélgica de uma Copa do Mundo aconteceu na partida de oitavas de final contra o Brasil, em 2002, em Kobe, no Japão: 2 a 0, gols de Rivaldo e Ronaldo. Antes que a seleção brasileira abrisse o placar, porém, o atacante belga Marc Wilmots marcou um gol que acabou sendo anulado – de maneira bastante controversa – pelo árbitro jamaicano Peter Prendergast, que enxergou falta no lance. Wilmots jamais se conformou com a anulação do gol ou com o desfecho da partida. Agora técnico da equipe nacional, ele quer aproveitar mais essa chance de enfim avançar às quartas, etapa que a Bélgica não alcança desde o Mundial de 1986. Wilmots também disputou as Copas de 1990, 1994 e 1998. Nas duas primeiras, também caiu nas oitavas. Assim, o jogo desta terça, contra os Estados Unidos, na Fonte Nova, em Salvador, será sua quarta oportunidade de ficar entre os oito melhores da Copa. “É uma nova competição a partir de agora. Cada jogo é uma decisão”, disse Wilmots na véspera da partida na Bahia.
Leia também:
Em clima de ‘Yes, we can’, EUA querem repetir seu 1º Mundial
Nas oitavas, favoritos sofreram diante de rivais ousados
Atacante chileno tatua bola na trave que quase eliminou Brasil
Invasão argentina a São Paulo é menor que se esperava
“É a primeira vez que a Bélgica chega à segunda fase com 100% de aproveitamento de pontos, e isso é a marca de um time que está muito forte. Ainda podemos melhorar, mas as coisas estão correndo dentro do previsto”, avaliou ele, ansioso pela partida desta terça e já preparado para fortes emoções. “No jogo entre Brasil e Chile, houve um chute chileno no travessão no fim da prorrogação, mas foi o Brasil que se classificou. As coisas são assim”, lembrou, antes de mostrar mais um vez que a derrota de 2002 não sai de sua cabeça. “A arbitragem foi fantástica na partida de sábado, e isso é bom, pois não há nada pior do que sair de um torneio por causa de um erro.” O desejo de retomar seu caminho na Copa seguindo de onde parou com os companheiros de 2002 levou o técnico a tomar uma decisão inesperada, fazendo o time trocar de hotel (de um resort em Stella Maris, com menos privacidade, para um hotel mais isolado em Itapuã, onde os jogadores ficariam mais fechados e teriam menos distrações). Wilmots quer fazer tudo o que estiver ao seu alcance para reescrever a história dos belgas nas Copas.