Ricardo do Santos, de 24 anos, está internado em estado gravíssimo
O surfista Ricardo dos Santos está em estado gravíssimo após passar por três cirurgias no Hospital São José, em Florianópolis. O atleta de 24 anos sofreu uma tentativa de homicídio na manhã desta segunda-feira, na praia da Guarda do Embaú, em Palhoça, e levou três tiros na altura do abdômen. Ricardinho, como é conhecido pelos colegas de surfe, passou por procedimentos para a contenção de duas sérias hemorragias internas.
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No início da noite desta segunda-feira, ele foi transferido para a UTI, onde permanece em coma induzido. Ricardinho ficará em observação pelas próximas 48 horas para que os médicos acompanhem a evolução do quadro após as intervenções e transfusões de sangue. Por causa da grande perda de sangue, o atleta precisa de doações, que devem ser feitas no Hemocentro de Florianópolis (Avenida Professor Othon Gama D’Eça, 756).
De acordo com a Polícia Militar de Santa Catarina, em nota oficial divulgada durante a tarde, o soldado Luiz Paulo Mota Brentano, de 25 anos, e o irmão dele, de 17, são os únicos suspeitos de atirarem no surfista. Ambos foram detidos. O soldado diz que agiu em legítima defesa, alegando que o surfista veio para cima dele com um facão em punho por uma discussão sobre o lugar em que estava parado com o carro.
Amigo de Ricardinho, o surfista Gabriel Medina, atual campeão mundial, manifestou seu apoio ao companheiro. “Muito triste com a notícia, mas Deus vai te guardar, irmão. Estamos em oração por você. Força, irmão! Estou contigo”, escreveu Medina em seu perfil no Instagram, rede social de compartilhamento de fotos.
A onda de apoio a Ricardinho também envolve outros surfistas, como Alejo Muniz, Miguel Pupo e Mineirinho, além de figuras mais ligadas a outros esportes, caso do ex-tenista Gustavo Kuerten. Eles usaram as redes sociais para pedir para que seus seguidores doem sangue para ajudar na recuperação do surfista.
Natural da Guarda do Embaú, em Palhoça, região da Grande Florianópolis, Ricardinho tem como principal vitória na carreira uma bateria do World Tour (WT) em Teahupoo, no Taiti, em 2012, quando superou uma das maiores lendas do esporte, o norte-americano Kelly Slater.
(Com Estadão Conteúdo e Gazeta Press)