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Sob clima de tensão e com Copa América em risco, Brasil encara o Equador

Apesar de a seleção liderar tranquila as Eliminatórias, duelo em Porto Alegre é cercado de confusões ligadas à Copa América e aos bastidores da CBF

Brasil e Equador se enfrentam nesta sexta-feira, 4, em partida válida pelas Eliminatórias para a Copa do Mundo e cercada de polêmicas. A bola rola às 21h30, no Beira-Rio, em Porto Alegre e será transmitida pela Globo, em canais abertos, e pela Sportv, em canais pagos.

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A seleção brasileira está entre os assuntos mais comentados do dia, não pelo aspecto esportivo e nem mesmo pela competição em questão, mas devido à realização da Copa América no país, marcada para começar dia 13, em Brasília. Na última quinta-feira, o treinador Tite deixou aberta a possibilidade de atletas se recusarem a participar da competição.

“Temos uma opinião muito clara e fomos lealmente, numa sequência cronológica, eu e Juninho, externando ao presidente qual a nossa opinião. Depois, pedimos aos atletas para focarem apenas no jogo contra o Equador. Na sequência, solicitaram uma conversa direta ao presidente. Foi uma conversa muito clara, direta. A partir daí, a posição dos atletas também ficou clara. Temos uma posição, mas não vamos externar isso agora. Temos uma prioridade agora de jogar bem e ganhar o jogo contra o Equador. Entendemos que depois dessa Data Fifa, as situações vão ficar claras.”

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Na coletiva, que atrasou em duas horas, o clima de tensão na CBF ficou evidente. Casemiro, capitão da equipe, que seria um dos participantes da entrevista, não esteve presente, motivado pela posição do grupo acerca da Copa América. Nas redes sociais, a repercussão foi grande. Apoiadores do presidente Jair Bolsonaro acusam treinador e dos jogadores de usar a pandemia do novo coronavírus de forma política. A hashtag #ForaTite ganhou força.

Além da polêmica externada na entrevista, há outros focos de confusão na seleção brasileira. Nas últimas semanas, Neymar virou, mais uma vez, assunto fora das quatro linhas. Em matéria publicada pelo jornal americano Wall Street Journal, o atacante do PSG foi acusado de ter assediado sexualmente uma funcionária da Nike, o que teria provocado o rompimento do atleta com a marca, por supostamente não ter colaborado com a investigação. Neymar negou tudo nas redes sociais e seguiu treinando, mas sem dar entrevistas e blindado pela CBF – que mantém contrato milionário com a própria Nike.

Além disso, o presidente da entidade, Rogério Caboclo, enfrenta ambiente conturbado. Acusado de manter um comportamento autoritário e incompatível com a posição, incluindo problemas com uma funcionário, segundo relatam reportagens do Uol e da ESPN Brasil, o mandatário da CBF também tem evitado os microfones. Se em campo o Brasil vai bem (é o atual campeão da Copa América e líder das Eliminatórias com quatro vitórias em quatro jogos), fora dele o ambiente vive o momento mais tenso da era Tite.

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