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Neymar e Cavani: abraços frios e show de bola contra o Bayern

Desavenças sobre pênaltis à parte, brasileiro e uruguaio – e também o jovem Mbappé – brilharam intensamente na vitória sobre o time alemão, em Paris

O mistério sobre quem será o batedor de pênaltis do Paris Saint-Germain não foi desfeito. Tampouco foi possível garantir pelos abraços frios, quase protocolares, que Neymar e Edinson Cavani selaram as pazes completamente. A vitória por 3 a 0 do PSG sobre o poderoso Bayern de Munique, no Parque dos Príncipes, no entanto, evidenciou alguns fatos relevantes: independentemente de qualquer desavença, o brasileiro e o uruguaio estão em grande forma e seus estilos de jogo se combinam; o francês Kylian Mbappé é o complemento ideal para esse ataque; e o clube francês é, sem dúvidas, um forte candidato ao título da Liga dos Campeões da Europa.

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De volta após se preservar de uma pequena lesão diante do Montpellier – e de uma semana extremamente turbulenta por causa de seu desentendimento com Cavani – Neymar teve uma atuação espetacular na tarde desta quarta-feira. Jogando da esquerda para o centro, com Cavani no comando do ataque e Mbappé pela ponta direita, o brasileiro infernizou a vida da defesa do Bayern desde o início. Logo aos 2 minutos, Neymar enfileirou adversários e achou Daniel Alves, livre na ponta direita da área. O lateral não desperdiçou a chance e recebeu um caloroso abraço do compatriota na comemoração.

Neymar seguia imparável, assim como Mbappé, que demonstra força e qualidade muito acima da média para um garoto de 18 anos. Aos 31 minutos, o jovem francês fez bela jogada pela direita e rolou para Cavani bater forte e de primeira, fora do alcance do goleiro Sven Ulreich. Neymar primeiro abraçou Mbappé – apelidado de “Donatello” e já bastante íntimo dos brasileiros do time. Depois, deu um leve afago, com olhar sério, em Cavani.

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Neymar e Cavani do PSG
Neymar e Cavani dão sinais de paz CHRISTOPHE SIMON/AFP

Apesar da falta de sorrisos e trocas de olhares (bem diferente do que ocorria com o também uruguaio Luis Suárez no Barcelona), Neymar procurou Cavani nos momentos necessários, como em um fantástico toque de letra que terminou em finalização ruim do camisa 9, na primeira etapa.

Na segunda etapa, o uruguaio retribuiu a gentileza, procurando Neymar em algumas jogadas. Ele ainda consolou o colega quando o brasileiro desperdiçou uma chance clara, chutando para fora. Houve duas faltas boas na entrada da área e, em fato significativo, cada um bateu uma – ambas com certo perigo.

Ainda faltava o gol do camisa 10, até que aos 17 minutos Mbappé fez ótima jogada e bateu para o gol; no rebote, Neymar completou para o gol vazio. Cavani novamente deixou as polêmicas de lado e abraçou o companheiro, dessa vez de forma mais contundente.

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O Parque dos Príncipes era uma festa absoluta, sem nenhum sinal de desunião prejudicial ao grupo. O placar de 3 a 0 talvez tenha sido exagerado – o Bayern, apesar de bem mais frágil que em anos anteriores, criou algumas chances e esbarrou em grandes atuações de Thiago Silva e do goleiro Alphinse Aréola – mas confirmou o que já se esperava: o “novo PSG” não entrou nesta Liga dos Campeões para ser coadjuvante.

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