Rumo ao tri? Fase de Mbappé e Benzema amplia favoritismo da França na Copa
A oito meses do Mundial do Catar, atacantes franceses vivem grandes momentos por Real Madrid e PSG; quem pode parar a atual campeã?
Chocou o mundo do futebol e animou especialmente os torcedores franceses (exceto os do Paris Saint-Germain) o que aconteceu em campo no triunfo do Real Madrid sobre o time de Neymar na última quarta-feira, 9, pela Liga dos Campeões. Aos 34 anos e 80 dias, Karim Benzema se tornou o jogador mais velho a fazer um triplete, termo utilizado na Espanha para os três gols que marcou. O feito fez aumentar o deslumbre de compatriotas sobre o futuro da seleção francesa, que ainda conta com o grande momento vivido por Kylian Mbappé, seu companheiro de ataque, e vem se consolidando como favorita ao título da Copa do Mundo do Catar.
Assine #PLACAR digital no app por apenas R$ 6,90/mês. Não perca!
No Mundial marcado para começar em novembro, Benzema buscará o único grande título que falta em sua carreira — ele estava ausente na campanha do bicampeonato, em 2018, na Rússia. Pelo Real Madrid, na temporada 21/2022, o camisa 9 balançou as redes 33 vezes e deu 11 assistências em 38 jogos, entre Liga dos Campeões, Campeonato Espanhol, Supercopa Espanhola e Eurocopa.
Já Mbappé, uma das estrelas do título em Moscou e cada vez mais maduro, aos 23 anos, soma 25 gols e 11 assistências, em um total de 40 jogos que entrou em campo pela Liga dos Campeões, Campeonato Francês, Copa da França, Supercopa Francesa e Eurocopa. Nas Eliminatórias do Mundial, o camisa 7 anotou cinco bolas nas redes em seis confrontos, enquanto Benzema chegou a três gols em cinco partidas.
Em 2018, o time chegou ao título até com certa facilidade, mesmo com a ausência de Benzema, que ficou afastado das convocações da seleção francesa, desde 2015 por ter se envolvido em uma situação polêmica. Com o retorno do camisa 9 e a presença de novos talentos como Eduardo Camavinga, do Real Madrid, o time pode ganhar ainda mais consistência.
Outro fator que pode animar a seleção francesa é que Mbappé e Benzema podem chegar à Copa ainda mais entrosados. Com contrato apenas até o meio do ano com o PSG, o camisa 7 tem grandes chances de defender justamente o Real Madrid a partir da próxima temporada.
A França é, portanto, a principal candidata ao título e, caso cruze com o Brasil, terá a seu favor um histórico que assombra os pentacampeões. A seleção brasileira tem apenas uma vitória a seu favor – 5 a 2 na semifinal 1958, com três gols de Pelé. Depois disso, foi eliminado nos pênaltis nas quartas de final de 1986, perdeu a decisão de 1998 por 3 a 0 e caiu nas quartas de final de 2006, as duas últimas com atuações memoráveis de Zinedine Zidane.
Em janeiro, durante a última convocação, o técnico Tite citou a França como uma das seleções favoritas ao título no Catar, mas enxerga outras equipes, como o próprio Brasil, nas mesmas condições. “O Brasil, junto de algumas seleções, está no primeiro hall, no primeiro bloco. Não é o favorito, mas está entre eles. Brasil, França, Inglaterra, Bélgica, Alemanha, Argentina e Espanha. Nenhum deles está se destacando e tendo um grande futebol”, disse o treinador.
Aos brasileiros supersticiosos de plantão, um bom presságio: na última vez em que a França chegou como atual campeã e superfavorita, em 2002, ela acabou caindo na primeira fase e o Brasil foi campeão.