Ronaldo e Romário: uma dupla tão espetacular quanto efêmera
Entre 1997 e 1999, dupla Ro-Ro tabelou por apenas 19 jogos na seleção brasileira
O ano de 1997 foi marcante para os fãs do futebol brasileiro. Aos 21 anos, Ronaldo Fenômeno, ainda chamado de Ronaldinho, vivia seu auge físico, com rendimento espetacular por clubes (Barcelona e Inter de Milão) e seleção. Foi também o único ano em que o camisa 9 pôde dividir com frequência o ataque canarinho com seu mestre, um craque da mesma prateleira, o já veterano Romário. Para tristeza dos torcedores, o que tinha tudo para ser uma parceria duradoura e histórica, limitou-se a apenas 19 jogos.
Em 1994, um adolescente Ronaldo praticamente assistiu de camarote ao brilho do camisa 11 no tetra nos EUA. Não entrou um jogo sequer, mas disse ter aprendido muito vendo o ídolo. A Copa de 1998, na França parecia destinada a ser o evento de gala da dupla.
Um ano antes, a dupla Ro-Ro barbarizou nas conquistas da Copa América e da Copa das Confederações. Na final da última, 6 a 0 contra a Austrália, cada um marcou três gols.
A Copa da França chegou e o sonho ruiu com a lesão e o controverso corte de Romário, que alegou que voltaria a tempo da fase final – de fato, atuou pelo Flamengo antes de o Mundial terminar. As rixas do Baixinho com Zagallo e Luiz Felipe Scolari, e posteriormente as contusões de Ronaldo, evitaram o que poderia ter sido tão mágico quanto ver Pelé e Garrincha juntos.
Ronaldo e Romário tabelaram em 19 jogos, com 14 vitórias, três empates e duas derrotas, 19 gols do camisa 11 e 15 do camisa 9, entre 1997 e 1999.