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Romário, ex-Vila Nova, é banido do futebol por esquema de apostas

Volante é primeiro punido dos nomes investigados pela Operação Penalidade Máxima; ex-companheiro de equipe, Gabriel Domingues foi suspenso por 720 dias

O STJD (Superior Tribunal de Justiça Desportiva) decidiu nesta segunda-feira, 29, banir do futebol o volante Marcos Vinicius Alves Barreira, conhecido como Romário, ex-Vila Nova-GO. O julgamento, conduzido pela 1ª Comissão Disciplinar do Tribunal, optou por unanimidade pela exclusão do jogador do esporte. Ele foi o primeiro caso de punição para os nomes envolvidos no esquema de apostas, investigado pela Operação Penalidade Máxima do Ministério Público de Goiás.

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Romário ainda terá que pagar multa de 25 mil reais. Gabriel Domingues, também ex-atleta do clube, foi suspenso por 720 dias e terá que pagar multa de 15 mil reais.

A sessão foi realizada na sede do STJD no Rio de Janeiro e mediada por Alcino Junior de Macedo Guedes, presidente do órgão. A investigação apontou que Romário era um dos principais articuladores do esquema, já que, de acordo com os promotores, teria recebido dinheiro dos apostadores para cometer pênalti, mas não foi relacionado para a partida válida pela série B do ano passado.

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Por unanimidade, e por entender que o atleta era um dos que passou a procurar outros jogadores para participarem do esquema, Romário recebeu a sentença mais pesada. Ele e Gabriel Domingos tiveram seus contratos rescindidos com o Vila Nova.

Relembre o caso: 

A primeira fase da operação Penalidade Máxima investiga manipulação de lances na série B do Campeonato Brasileiro do ano passado. Ao todo, 14 pessoas foram denunciadas, sendo oito jogadores: Romário, Gabriel Domingos, Joseph, Mateusinho, Allan Godói, André Queixo, Ygor Catatau e Paulo Sérgio.

Já a segunda fase da operação Penalidade Máxima teve início em abril e terminou com 16 pessoas denunciadas, destas, sete jogadores:

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Jogadores denunciados

Eduardo Bauermann (Santos)
Gabriel Tota (ex-Juventude, atualmente no Ypiranga)
Victor Ramos (ex-Portuguesa, atualmente na Chapecoense)
Igor Cárius (ex-Cuiabá, atualmente no Sport)
Paulo Miranda (ex-Juventude, atualmente no Náutico)
Fernando Neto (ex-Operário, atualmente no São Bernardo)
Matheus Gomes (Sergipe)

Apostadores e organizadores denunciados

Bruno Lopez de Moura
Ícaro Fernando Calixto dos Santos
Luís Felipe Rodrigues de Castro
Victor Yamasaki Fernandes
Zildo Peixoto Neto
Thiago Chambó Andrade
Romário Hugo dos Santos
William de Oliveira Souza

No último dia 22 de maio, o volante Bryan Garcia, ex-Athletico-PR, fechou acordo com o Ministério Público de Goiás para ser uma das testemunhas da operação. O jogador admitiu ter recebido compensação financeira para levar um cartão amarelo na vitória por 1 a 0 do Furacão contra o Fluminense, em 3 de setembro do último ano, em confronto pela 25ª rodada do Brasileirão.

Na informação, incialmente divulgada pelo ge, o MP-GO ofereceu um acordo para que ele não se torne réu, mas seja testemunha na investigação, segundo a defesa do atleta.

Outros jogadores já confessaram que fizeram parte da manipulação de jogos do Brasileirão em 2022. Em vídeos obtidos com exclusividade pelo site Uol, o lateral Moraes, à época no Juventude, e o zagueiro Kevin Lomónaco, do RB Bragantino, confessaram que receberam dinheiro de aliciadores por cartões amarelos. Em colaboração com as investigações, a dupla fez acordo com o MP do estado.

 

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