Rogério Ceni nega vexame e diz que descanso prejudicou São Paulo
Treinador assumiu responsabilidade por eliminação para o Defensa y Justicia e disse que os 17 dias sem jogar tiraram ritmo de jogo do São Paulo
O técnico Rogério Ceni não considerou um vexame a eliminação, em casa, do São Paulo para o Defensa y Justicia, modesto clube que fazia sua primeira partida fora da Argentina em 82 anos de história. Na entrevista coletiva já na madrugada desta sexta-feira, o ex-goleiro lembrou os maus resultados do time nos últimos anos para se defender das críticas e disse que o longo período sem jogos oficiais foi prejudicial para o São Paulo.
O treinador tentou manter a calma depois das três eliminações consecutivas (para o Cruzeiro, na Copa do Brasil, para o Corinthians, no Paulistão, e para o Defensa y Justicia, na Sul-Americana). “Não acho que seja um vexame, mas sempre teremos a obrigação de ganhar em casa. Mesmo Se fosse Boca Juniors, Corinthians, Cruzeiro, sempre temos que vencer em nosso estádio. (…) Mas longe de ser vexame, é um time muito bem armado.”
Ceni citou os resultados ruins do São Paulo na última década e a eliminação de outras equipes. “Saímos na semifinal do Campeonato Paulista, como acontece há 10 anos. Na Copa do Brasil, não conseguimos vencer, como não conseguimos ao longo de toda a história. Hoje, saímos precocemente, assim como Cruzeiro saiu ontem. O Palmeiras foi eliminado no Paulista, o Cruzeiro foi eliminado, mas tem equipes para ser campeões brasileiros.”
O São Paulo teve 17 dias para treinar após as duas eliminações em sequência, mas teve atuação muito ruim nesta quinta-feira, sendo, inclusive, pressionado pela equipe argentina na maior parte do tempo. Segundo Rogério, o longo período de treinos fez mal a sua equipe. “O time sente o ritmo de jogo. Eu preferia ter jogado as finais do Paulista, nos últimos domingos, do que parar nesse intervalo tão grande tempo, teria sido muito mais proveitoso.”
O treinador exaltou os 45 gols marcados pelo time na temporada e disse que seguirá com suas convicções, além de ter chamado para si a responsabilidade da derrota. “A culpa pelos resultados é sempre minha, que escolho os jogadores e aceitou trabalhar com esse grupo. Com as vitórias, os frutos serão dos atletas. Enquanto as classificações não chegam, a responsabilidade é toda minha.”