RJ: esquema de guerra monitora franceses e equatorianos
Mesmo sem hostilidades, polícia impediu aproximação entre torcedores rivais
O prometido reforço de segurança no Maracanã e no seu entorno foi colocado em prática nesta quarta-feira, nas horas que antecederam a partida entre França e Equador. O jogo não envolve torcidas consideradas problemáticas, mas o aparato de segurança montado ao redor do estádio impressionou os torcedores – que não deixaram de fazer a festa, evidentemente, mas foram monitorados de perto pelos policiais militares (equipados com traje completo para ação em conflitos de rua) e pela segurança privada que controla o fluxo de pessoas nos portões de entrada. Franceses e equatorianos, misturados aos milhares de brasileiros que engrossam o público do Maracanã nesta quarta, trocavam algumas provocações, mas sem hostilidade nem sinais de violência. Ainda assim, eram mantidos separados uns dos outros pela polícia, nitidamente preocupada em evitar qualquer início de conflito.
Leia também:
Rio terá feriado e segurança reforçada para França x Equador
Fifa e ministérios confirmam o reforço na segurança da Copa
O acesso à sala de imprensa, que foi invadida por torcedores chilenos sem ingresso na segunda partida da Copa do Mundo no estádio, tinha proteção mais do que reforçada, com recurso de redundância, segundo a polícia – eram várias barreiras sucessivas, de forma a impedir que um possível penetra escapasse do próximo bloqueio, com grade, portão, seguranças e policiais armados. Tudo para não descumprir o compromisso assumido publicamente pela Fifa e pelo Comitê Organizador Local (COL) de que o cerco ao Maracanã não voltaria a ser furado. Com feriado integral na cidade, os bloqueios de trânsito no perímetro de segurança ao redor do Maracanã também foram ampliados. A restrição à circulação de veículos nas ruas próximas começou às 10 horas e foi totalmente proibida desde as 11 horas.
De acordo com as autoridades de trânsito, trata-se de outra contribuição à segurança do evento: com mais tempo para montar o bloqueio ao estádio, a polícia reduziria o risco de falha no esquema. A operação será avaliada depois do jogo para que as autoridades do Rio e os organizadores da Copa discutam se ainda há mais algum ajuste a ser feito. O próximo jogo do Mundial no Maracanã pode ser considerado mais preocupante do que a partida desta quarta: será um duelo de oitavas de final entre Colômbia e Uruguai, seleções que têm sido acompanhadas por grandes grupos de torcedores em todas as sedes onde atuam. A partida acontece na tarde de sábado, às 17 horas, depois do jogo entre Brasil e Chile, às 13 horas, em Belo Horizonte.