Rio-2016: Cielo consegue índice olímpico mas não o suficiente para revezamento 4×100
O atleta de 29 anos nadou abaixo do mínimo exigido, mas seu tempo é apenas o sétimo melhor entre os brasileiros, o que o deixa praticamente fora da briga para as únicas seis vagas do revezamento 4×100.
O nadador Cesar Cielo estreou nesta segunda-feira no Troféu Maria Lenk, disputado no Estádio Aquático Olímpico, no Rio de Janeiro, e conseguiu o índice olímpico nos 100m livre ao bater o tempo de 48s97 – 0s01 abaixo do mínimo exigido pela Confederação Brasileira de Natação (48,98). O resultado no último torneio classificatório para a Rio-2016 lhe garantiu o quinto lugar entre os brasileiros e o sexto na classificação geral e, portanto, ele teria uma nova tentativa de melhorar seu tempo nas finais, que serão disputadas ainda hoje, às 17h45. No entanto, Cielo decidiu não disputar as finais dos 100m com a justificativa de se poupar para os 50m na quarta-feira, prova na qual é especialista e detém a única medalha de ouro da história da natação brasileira, conquistada nos Jogos de Pequim, em 2008.
Mesmo conseguindo o índice olímpico, Cielo tem apenas o sétimo melhor tempo entre os brasileiros, o que o deixa praticamente fora do páreo para ser chamado aos 100m livre (apenas duas vagas) e à prova de revezamento 4×100, que dá vaga aos seis melhores atletas nos 100m (quatro titulares e dois reservas). Por enquanto, os quatro nadadores com os melhores resultados e favoritos para nadar na Rio-2016 a prova de revezamento 4×100 são: Marcelo Chierighini (48s20), Nicolas Nilo Oliveira (48s30), João de Lucca (48s59) e Gabriel Santos (48s89) – todos eles conquistaram esses resultados nesta edição do Troféu Maria Lenk. As outras duas vagas de reserva para o 4×100 estão nas mãos de Matheus Santana (48s71) e Alan Vitória (48s96), que obtiveram esses tempos em dezembro do ano passado no Torneio Brasileiro Open.
Na avaliação de Cesar Cielo, o importante para esta prova é estar com o índice olímpico carimbado, já que a definição do quarteto para o revezamento passa por escolha dos técnicos da seleção, mesmo ele estando com o tempo muito abaixo de seus companheiros. “Vou falar com os técnicos e é decisão deles me colocar ou não. Estando no time eu estou disposto a nadar e ajudar.”
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(Com Estadão Conteúdo)