Publicidade
Publicidade

Repórter de TV é assediada em transmissão de jogo do Vasco

Bruna Dealtry fazia um passagem ao vivo em meio a torcedores do Vasco quando um torcedor tentou beijá-la

Bruna Dealtry, repórter do canal Esporte Interativo, fazia a cobertura da estreia do Vasco na fase de grupos da Copa Libertadores da América, na última terça-feira, contra a Universidad de Chile. A repórter fazia uma passagem ao vivo na entrada do estádio de São Januário, quando um torcedor tentou beijá-la de surpresa, deixando-a ‘sem saber como agir’.

Publicidade

Após o episódio, Bruna disse que é importante expor situações de assédio e machismo, pelas quais as mulheres passam. “Sempre fui uma repórter que adora uma festa de torcida, não me importo com banho de cerveja, torcedor pulando, pisando no meu pé. Mas ontem, senti na pele a sensação de impotência que muitas mulheres sentem em estádios, metrôs ou até mesmo andando pelas ruas”, desabafou em seu perfil no Instagram.

View this post on Instagram

Sempre fui uma repórter que adora uma festa de torcida. Não me importo com banho de cerveja, torcedor pulando, pisando no meu pé… sempre me deixo levar pela emoção e tento sentir o momento para fazer o meu trabalho da melhor maneira possível. Sempre me orgulhei por ter uma boa relação com todas as torcidas e por ser tratada com muito respeito!! Mas ontem, senti na pele a sensação de impotência que muitas mulheres sentem em estádios, metrôs, ou até mesmo andando pelas ruas. Um beijo na boca, sem a minha permissão, enquanto eu exercia a minha profissão, que me deixou sem saber como agir e sem entender como alguém pode se sentir no direito de agir assim. Com certeza o rapaz não sabe o quanto eu ralei para estar ali. O quanto eu estudei e me esforcei para ter o prazer de poder contar histórias incríveis e estar em frente às câmeras mostrando tudo ao vivo. Faculdade, cursos, muitos finais de semana perdidos, muitos jogos de futebol analisados, estudo tático, técnico, pesquisas etc. Mas pelo simples fato de ser uma mulher no meio de uma torcida, nada disso teve valor para ele. Se achou no direito de fazer o que fez. Hoje, me sinto ainda mais triste pelo que aconteceu comigo e pelo que acontece diariamente com muitas mulheres, mas sigo em frente como fiz ao vivo. Com a certeza que de cabeça erguida vamos conquistar o respeito que merecemos e que o cidadão que quis aparecer é quem deve se envergonhar do que fez. Sou repórter de futebol, sou mulher e mereço ser respeitada.

A post shared by Bruna Dealtry (@brunadealtry) on

Continua após a publicidade

Publicidade