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Relembre todas as participações de equipes brasileiras no Mundial de Clubes

Fluminense estreia na competição na próxima segunda-feira, 18, e sonha em levar o Brasil ao seu 11º título, após 11 anos de jejum

O Fluminense estreia no Mundial de Clubes 2023, disputada na Arábia Saudita, na próxima segunda-feira, 18, contra o vencedor de Al-Ahly e Al-Ittihad. O Tricolor, que vai à disputa pela primeira vez, tem a chance de levar o Brasil ao título da competição pela 11ª vez, e após 11 anos de jejum.

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O país acumula 10 títulos em 23 participações. O São Paulo, com três títulos (1992, 1993 e 2005) é o maior vencedor do país, seguido por Santos (1962 e 1963) e Corinthians (2000 e 2012).

Para aquecer o clima da competição, PLACAR relembrou todos os participantes brasileiros no Mundial de Clubes reconhecidos pela Fifa (de 1960 em diante). Confira:

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1962 – Santos
Pelé e Pepe, no Maracanã -
Pelé e Pepe, dois dos presentes na épica partida –

O Santos foi o primeiro time brasileiro a conquistar a Libertadores, o que rendeu a classificação à Copa Intercontinental. O time de Pelé e companhia bateu o Benfica de Eusébio nos jogos do Maracanã e do Estádio da Luz. A goleada por 5 a 2 em Lisboa era tratada pelo Rei como uma das melhores atuações de sua gloriosa carreira.

Santos 3 x 2 Benfica
Santos 5 x 2 Benfica

1963 – Santos
Santos Campeão Mundial em 1963
Lima, Dorval e Dalmo, jogadores do Santos, comemoram a conquista do Mundial de Clubes após a vitória sobre o Milan, no Maracanã em 1963

Na temporada seguinte, o Peixe voltou a conquistar a América e o mundo. Contra o Milan de Trapattoni, Cesare Maldini, Mazzola e Amarildo, o Santos perdeu a primeira, na Itália, venceu a segunda, no Maracanã, e também levou a melhor na terceira partida, novamente no Rio, sem Pelé, que estava lesionado. O gol do título, de pênalti, foi marcado por Dalmo.

Santos 2 x 4 Milan
Santos 4 x 2 Milan
Santos 1 x 0 Milan

1976 – Cruzeiro
Cruzeiro e Bayern de Munique em 1976
Cruzeiro e Bayern de Munique em partida válida pela final do Campeonato Mundial Interclubes, no estádio do Mineirão em 1976

O incrível time cruzeirense de Raul, Nelinho, Piazza, Jairzinho, Palhinha e Dirceu Lopes parou no Bayern de Munique de Beckenbauer, Rummenige e Gerd Muller. Na ida, em Munique, os alemães venceram, e confirmaram o título empatando no Mineirão.

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Bayern de Munique 2 x 0 Cruzeiro
Cruzeiro 0 x 0 Bayern de Munique

1981 – Flamengo
Flamengo campeão mundial em 1981
Nunes, do Flamengo, comemora gol contra o Liverpool, pelo Campeonato Mundial Interclubes em 1981

Já na época dos jogos únicos, o Flamengo “ficou marcado na história”, como diz a famosa canção de sua torica, ao bater o Liverpool no Estádio Nacional de Tóquio, por 3 a 0, com gols de Nunes (dois) e Adílio.

Flamengo 3 x 0 Liverpool

1983 – Grêmio
Fifa - Mundiais - Grêmio 1983
Jogadores do Grêmio comemoram o título mundial após vitória contra o Hamburgo, em 1983

Primeiro time fora do sudeste a ser campeão da Libertadores, o Grêmio viajou para o Japão para enfrentar o Hamburgo. Após empate de 1 a 1 no tempo regulamentar, a decisão foi para a prorrogação. Brilhou a estrela do jovem Renato Gaúcho, hoje treinador do Tricolor, que marcou o seu segundo no jogo e eternizou o capítulo mais bonito da história do clube – e seu DVD pessoal.

Grêmio 2×1 Hamburgo

1992 – São Paulo
São Paulo x Barcelona - 1992
Raí, do São Paulo, no jogo contra o Barcelona, na final do Mundial Interclubes de 1992

O São Paulo de Telê Santana marcou a volta dos brasileiros após quase uma década. Contra o Barcelona dirigido pela lenda Johan Cruyff e que tinha em campo o hoje treinador Pep Guardiola, o Tricolor saiu atrás com um golaço de Stoichkov, mas virou com dois gols de Raí, para colorir o mundo de vermelho, preto e branco pela primeira vez.

São Paulo 2×1 Barcelona

1993 – São Paulo
Cafu do São Paulo x Baresi do Milan, final do Campeonato Mundial Interclubres de 1993. - Nico Esteves/PLACAR
Cafu do São Paulo x Baresi do Milan, final do Campeonato Mundial Interclubres de 1993. – Nico Esteves/PLACAR

O Tricolor voltou ao Japão com a mesma base do ano anterior, apesar da ausência do craque Raí. Desta vez, contra o forte Milan de Franco Baresi, Paolo Maldini e companhia, o São Paulo cravou o título na reta final, com o famoso “gol de calcanhar” de Muller, que na comemoração provocou o velho desafeto Costacurta com a frase: “Esse gol é para você, seu palhaço“.

São Paulo 3×2 Milan

1995 – Grêmio
Grêmio foi vice-campeão do mundo em 1995 – Arquivo / Placar

Bicampeão da América, o Imortal teve a chance de conquistar o mundo pela segunda vez. No entanto, após empate sem gols contra o Ajax, da Holanda, o Grêmio ficou com o vice-campeonato nas disputas de pênaltis, com cobranças perdidas por Arce e Dinho.

Ajax 0 x 0 Grêmio (4-3)

1997 – Cruzeiro
Mundial de 1997: Cruzeiro perdeu para o Borussia Dortmund – Arquivo / Placar

Mais de 20 anos depois da primeira chance, o Cruzeiro voltou a ter a possibilidade de levar o Mundial para Belo Horizonte. Para isso, os investimentos em reforços pontuais não foram poupados e nomes como Bebeto, Gonçalves e Donizete chegaram quase que “de aluguel”. Em campo, porém, um outro alemão, desta vez o Borussia, travou os sonhos da Raposa, com gols de Zorc e Herrlich.

Borussia Dortmund 2 x 0 Cruzeiro

1998 – Vasco
Vasco perdeu para o Real em 1998 – Arquivo / Placar

Um fortíssimo Vasco chegou ao Japão com chances reais contra um também potente Real Madrid. Em campo, o jogo duro evidenciou o equilíbrio, com direito a toques de crueldade em lances como o gol perdido por Felipe, um dos melhores em campo, e o gol contra de Nasa. O Vasco criou mais oportunidades e chegou a empatar em um golaço de Juninho Pernambucano, mas a derrota foi sacramentada com outra pintura, de Raúl, nos minutos finais.

Real Madrid 2 x 1 Vasco

1999 – Palmeiras
Mark Bosnich fazia defesa ao gol do Palmeiras na final do Mundial de 1999
Mark Bosnich, do Manchester United faz defesa durante tentativa de ataque do Palmeiras na final do torneio Intercontinental em Tóquio, no Japão – 30/11/1999

Os investimentos da Parmalat no Palmeiras deram os frutos de um título da Libertadores, garantindo participação no Mundial. A disputa contra o Manchester United, no entanto, se tornou um pesadelo para os alviverdes. O revés por 1 a 0 ficou marcado pela falha do ídolo Marcos no gol de Roy Keane. O Palmeiras desperdiçou uma série de oportunidades claras e ainda teve um gol de Alex anulado por impedimento, em lance duvidoso. Em entrevista à PLACAR, o goleiro australiano Mark Bosnich, do United, contou ter tido a melhor atuação de sua carreira naquela noite em Tóquio.

Manchester United 1 x 0 Palmeiras

2000 – Corinthians e Vasco
O histórico drible de Edílson em Karembeu em Corinthians 2 x 2 Real Madrid em 2000 - Ricardo Correa/PLACAR
O histórico drible de Edílson em Karembeu em Corinthians 2 x 2 Real Madrid em 2000 – Ricardo Correa/PLACAR

Para ampliar o torneio, a Fifa decidiu tomar as rédeas da organização e incluir times de mais partes do mundo. Sediada no Brasil, a primeira disputa teve dois representantes nacionais: Corinthians e Vasco. Os times foram superiores aos gigantes europeus Real Madrid e Manchester United e chegaram à final. No Maracanã, um empate sem gols levou a decisão para os pênaltis, que terminou em título para o Timão. Edmundo e Gilberto desperdiçaram as cobranças cruz-maltinas, enquanto Marcelinho Carioca falhou para o campeões.

Corinthians 2 x 0 Raja Casablanca
Corinthians 0 x 0 Real Madrid
Corinthians 2 x 0 Al-Nassr
Corinthians 0 x 0 Vasco (4-3)

2005 – São Paulo
O goleiro Rogério Ceni, do São Paulo, comemora o título mundial do clube em 2005
O goleiro Rogério Ceni, do São Paulo, comemora o título mundial do clube em 2005

O São Paulo voltou campeão do Japão pela terceira vez. Já nos moldes atuais, com clubes de todos os continentes, o Tricolor eliminou o Al-Ittihad no sufoco na semifinal, 3 a 2 com dois de Amoroso e gol de pênalti de Rogério Ceni, e bateu o Liverpool, por 1 a 0, na decisão. O jogo decidido com gol de Mineiro teve atuação histórica do goleiro Rogério Ceni.

São Paulo 3 x 2 Al-Ittihad
São Paulo 1 x 0 Liverpool

2006 – Internacional
Adriano Gabiru marcou para o Inter após sair do banco
Adriano Gabiru marcou para o Inter após sair do banco –

Levando a bandeira do Rio Grande do Sul ao topo do mundo mais uma vez, o Colorado estreou em grande estilo na competição. Venceu o Al-Ahly, do Egito, na semi por 2 a 1, com gols das promessas Alexandre Pato e Luiz Adriano, e chegou à final contra o Barcelona de Ronaldinho, Deco e Iniesta. Em campo, o herói improvável Adriano Gabiru, substituindo o ídolo Fernandão, garantiu o troféu histórico.

Internacional 2 x 1 Al-Ahly
Internacional 1 x 0 Barcelona

2010 – Internacional
Ekanga, do Mazembe, disputa a bola com Tinga, do Inter, na semifinal do Mundial, em Abu Dhabi
Ekanga, do Mazembe, disputa a bola com Tinga, do Inter, na semifinal do Mundial, em Abu Dhabi

De volta à disputa, mas desta vez em Abu Dhabi, o Inter se tornou o primeiro brasileiro a cair antes da final. O “desastre” aconteceu contra o Mazembe, do Congo, com direito à historica dancinha do goleiro Kidiaba. Na disputa de terceiro lugar, o Colorado bateu o Seongnam, da Coreia do Sul.

Internacional 0 x 2 Mazembe
Internacional 4 x 2 Seongnam

2011 – Santos
Neymar disputa a bola com o espanhol Puyol, do Barcelona, durante a final do Mundial de Clubes, no Japão - 18/12/2011
Neymar disputa a bola com o espanhol Puyol, do Barcelona, durante a final do Mundial de Clubes, no Japão

O Santos de Neymar e Ganso encheu seu torcedores de esperança de voltar a conquistar o mundo. Porém, depois de bater o Kashiwa Reysol na semi por 3 a 1, com um golaço do camisa 11, o Peixe sucumbiu ao Barcelona de Messi na final, sofrendo uma impiedosa goleada de 4 a 0. O técnico Pep Guardiola considera este o melhor jogo de sua passagem pelo clube catalão.

Santos 3 x 1 Kashiwa Reysol
Santos 0 x 4 Barcelona

2012 – Corinthians
Guerrero comemorando o gol contra o Chelsea, na final do Mundial -
Guerrero comemorando o gol contra o Chelsea, na final do Mundial –

Campeão da América pela primeira vez, o Timão contou com uma invasão de sua torcida ao Japão para conquistar o bicampeonato do mundo. Nas semifinais, vitória contra o Al-Ahly, por 1 a 0, e o título conquistado contra o Chelsea, em outro 1 a 0. Os dois gols do Corinthians de Tite no torneio foram marcados por Paolo Guerrero. Este é, até hoje, o último título de um sul-americano na competição.

Corinthians 1 x 0 Al-Ahly
Corinthians 1 x 0 Chelsea

2013 – Atlético Mineiro
O jogador Ronaldinho Gaúcho do Atlético MG após a derrota do Atlético MG para o Raja Casablanca válida pela semifinal do Mundial de Clubes da Fifa 2013, no estádio da cidade de Marrakech em Marrocos, nesta quarta-feira (18)
O jogador Ronaldinho Gaúcho do Atlético MG após a derrota do Atlético MG para o Raja Casablanca válida pela semifinal do Mundial de Clubes da Fifa 2013, no estádio da cidade de Marrakech em Marrocos

O Galo venceu a Libertadores de 2013 com toques de emoção. Para disputar o Mundial no Marrocos, no entanto, a decepção tomou conta. Contra o Raja Casablanca, time dono da casa, o Atlético perdeu por 3 a 1 ainda na semifinal. Na disputa pelo terceiro lugar, venceu o Guangzhou Evergrande, por 3 a 2.

Atlético 1 x 3 Raja Casablanca
Atlético 3 x 2 Guanghzou Evergrande

2017 – Grêmio
Cristiano Ronaldo comemora após marcar gol de falta durante partida contra o Grêmio, válida pela final do Mundial de Clubes da FIFA, realizada no Estádio Xeique Zayed, em Abu Dhabi - 16/12/2017
Cristiano Ronaldo comemora após marcar gol de falta durante partida contra o Grêmio, válida pela final do Mundial

Tri da América, o Tricolor foi aos Emirados Árabes Unidos com um duro desafio, que foi confirmado pela semifinal chorada contra o Pachuca, do México, 1 a 0 com gol de Everton Cebolinha. Na decisão, o Grêmio ainda conseguiu segurar o Real Madrid por um tempo, mas perdeu com tento de Cristiano Ronaldo, de falta.

Grêmio 1 x 0 Pachuca
Grêmio 0 x 1 Real Madrid

2019 – Flamengo
Roberto Firmino em gol do título do Liverpool sobre o Flamengo na final do Mundial de 2019
Roberto Firmino em gol do título do Liverpool sobre o Flamengo na final do Mundial de 2019

O Flamengo de Jorge Jesus, Gabigol e companhia viajou para o Catar embalado por uma temporada sublime. Depois de vencer o Al-Hilal na semifinal, o Liverpool, vice do título de 1981, se deu melhor no reencontro. Vitória inglesa por 1 a 0, na prorrogação, com gol do brasileiro Roberto Firmino.

Flamengo 3 x 1 Al-Hilal
Flamengo 0 x 1 Liverpool

2020 – Palmeiras
Felipe Melo, do Palmeiras, em disputa de bola com Walter Bwalya, do Al Ahly, pela disputa do terceiro lugar no Mundial de Clubes
Palmeiras perdeu nos pênaltis para o Al Ahly no Mundial de 2020

Já com Abel Ferreira e boa parte da atual geração, o Palmeiras decepcionou no Mundial. Na semifinal, perdeu para o Tigres, do México, por 1 a 0, com gol do atacante francês Gignac, e se despediu com melancolia após perder para o Al-Ahly nos pênaltis e ficar com o quarto lugar.

Palmeiras 0 x 1 Tigres
Palmeiras 0 x 0 Al-Ahly (2-3)

2021 – Palmeiras
Lukaku comemora gol do Chelsea contra o Palmeiras na final do Mundial -
Lukaku comemora gol do Chelsea contra o Palmeiras na final do Mundial –

O Verdão retornou à competição, desta vez com mais experiência, o que foi mostrado já na semifinal, contra o Al-Ahly, com vitória tranquila com gols de Dudu e Raphael Veiga. O jogo da final, frente o Chelsea, foi duro e terminou em empate no tempo regulamentar com gols de Lukaku e Veiga. Na prorrogação, porém, um gol de pênalti de Kai Havertz pôs fim ao sonho do título inédito.

Palmeiras 2 x 0 Al-Ahly
Palmeiras 1×2 Chelsea

2022 – Flamengo
Gabriel Barbosa, do Flamengo, na semifinal do Mundial de Clubes diante do Al Hilal
Gabigol lamenta o terceiro gol do Al-Hilal –

O Flamengo de Gabigol teve uma nova chance de igualar a geração de Zico, mas o sonho terminou na semifinal em um reencontro com o Al-Hilal, atual time de Neymar, com triunfo por 3 a 2 do time saudita, com gols de Al-Dawsary e do argentino Vietto. Na disputa pelo terceiro lugar, o Mengão venceu o Al-Ahly por 4 a 2, com dois gol de Pedro e dois de Gabigol.

Flamengo 2×3 Al-Hilal
Flamengo 4 x 2 Al-Ahly

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