Recorde olímpico: Rio-2016 terá 85 mil agentes de segurança
Maior esquema de segurança do país e dos Jogos custará 1,5 bilhão de reais
A Olimpíada do Rio de Janeiro, em 2016, terá o maior esquema de segurança da história dos Jogos e a maior mobilização policial já registrada no Brasil, com 85.000 agentes – 47.000 das polícias Civil e Militar, Polícia Federal e Defesa Civil e 38.000 das Forças Armadas. Ao todo, o esquema vai custar 1,5 bilhão de reais aos cofres do governo federal.
O plano foi divulgado nesta quinta-feira, no Rio, por autoridades federais e estaduais e representantes do Comitê Rio-2016. Ao todo, 9.600 militares da Força Nacional de Segurança vão trabalhar nas 33 instalações de competição, centros de mídia e de treinamento, locais de hospedagem de atletas e no circuito de revezamento da tocha olímpica. Mais 6.000 seguranças particulares também vão atuar em sedes de provas olímpicas, estima o Comitê Rio 2016.
Leia também:
Rio-2016: atletas podem contrair doenças nas águas olímpicas, diz estudo
Eduardo Paes: ‘Não perco um minuto pensando na segurança da Rio-2016’
Rio 2016: R$ 400 milhões e 37.000 militares nas ruas
“O efetivo empregado não está diretamente relacionado à questão de ameaça. Esse é o maior evento de todos, com a maior quantidade de competições, de atletas, de países. A segurança das instalações também passou a ser uma atividade do serviço público, o que aumentou o número de funcionários empregados”, ressaltou o secretário extraordinário de Segurança para Grandes Eventos do Ministério da Justiça, Andrei Augusto Passos Rodrigues.
Até o momento, não há indicação de que a Força Nacional de Segurança vai atuar em comunidades cariocas durante o evento. “Não identificamos essa necessidade, nem o governador Luiz Fernando Pezão”, disse o general Luiz Felipe Linhares, representante do Ministério da Defesa. Segundo ele, os Jogos Olímpicos serão o “clímax” na área de segurança de todos os grandes eventos que o Rio já sediou. “Estamos prontos para atuar em eventos desse porte”.
Uma novidade da competição será um centro antiterrorismo com profissionais de países com delegações na competição, todos especialistas no assunto. “Em situações normais, não temos indicações que sejamos alvo de grupos extremistas”, disse o diretor do Departamento de Integração do Sistema Brasileiro de Inteligência da Agência Brasileira de Inteligência (Abin), Saulo Moura. Segundo ele, agentes da Polícia Federal e da Abin já realizam monitoramento permanente para combater ações terroristas no Brasil.
(com Estadão Conteúdo)