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PSG quer “Messi Day” nesta segunda; sócios do Barça tentam impedir saída

De acordo com o Le Parisien, argentino já tem exames e até anúncio oficial programado pelos franceses; torcedores do clube espanhol pedem por ação da Fifa

O Paris Saint-Germain tem programado para esta segunda-feira, 9, o que chama nos bastidores de “Messi Day”. O termo que batizou a parte final da operação envolvendo o jogador por seis vezes eleito o melhor do mundo pela Fifa, inclusive, já viralizou nas redes sociais. Messi se despediu no último domingo, 8, emocionado, do Barcelona. De acordo com o jornal L’Equipe, o clube parisiense já preparou exames médicos e até o anuncio oficial do acordo de três anos.

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Messi era aguardado já no domingo em Paris. A iminente chegada alvoroçou centenas de torcedores franceses que foram ao aeroporto de Le Bourget, destinado a voos privados e executivos, à espera do argentino. A motivação se deu pela publicação francesa, que indicava que isso deveria acontecer entre domingo e segunda-feira.

Um avião com destino inicial de Barcelona chegou a pousar no local, causando grande confusão e a necessidade de apoio policial. Horas depois, em foto publicada pela esposa do jogador, Antonella Roccuzzo, foi possível vê-los ainda em Barcelona ao lado do antigo companheiro, o uruguaio Luis Suárez, e de amigos particulares.

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Durante a entrevista, o jogador admitiu o interesse do PSG, mas negou um acordo já selado com o clube: “o PSG é uma possibilidade. Neste momento não tenho nada combinado com ninguém. Vários clubes se interessaram e ainda não há nada fechado. Estamos conversando, obviamente”.

Lionel Messi chora em sua despedida do Barcelona -
Lionel Messi chora em sua despedida do Barcelona – Eric Alonso/Getty Images

Internamente, o clube parisiense já tem tudo como certo. Preparou ao jogador uma espécie de entrada triunfal no Parque dos Príncipes e, principalmente, um encaixe salarial, com a ajuda de um escritório particular de advocacia, para que pudesse atender as exigências do Fair Play financeiro imposto pela Fifa já que contratou recentemente nomes de peso como o goleiro italiano Gianluigi Donnarumma, o zagueiro espanhol Sérgio Ramos, o lateral esquerdo marroquino Acharaf Hakimi e o meio-campista holandês Georgino Wiljnaldum.

O tema ainda é polêmico. Diante da saída do maior ídolo da história do clube – que atuou em 778 jogos oficiais, marcou 672 gols marcados e deu 268 assistências – associados do Barcelona entraram com uma queixa junto ao Tribunal Europeu de Apelação para impedir a contratação do PSG. O advogado Juan Blanco publicou nas redes sociais o documento dizendo que não há compatibilidade financeira para o anúncio.

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“É inconcebível que o Fair Play Financeiro sirva para agravar a evolução dos negócios no futebol, a instrumentalização do futebol por poderes soberanos e a distorção das competições”, explica em um trecho.

Já na manhã desta segunda, policiais cercaram todo o entorno do Parque dos Príncipes devido a aglomerações de torcedores. De acordo com o jornal espanhol Marca, Messi já escolheu até o número da camisa que vestirá no novo clube: 30, a primeira que utilizou como profissional do Barcelona, em 2004. Posteriormente, o argentino passou a camisa 19 até chegar a 10, após a saída de Ronaldinho Gaúcho para o Milan, em 2008.

No PSG, a camisa 30 quase sempre é utilizada por goleiros. Segundo a publicação, Messi não aceitou a cessão do número 10 por Neymar, antigo companheiro no Barcelona e seu amigo pessoal.

O Barcelona, por sua vez, jogou pela primeira vez na temporada no domingo, diante da Juventus, no Estádio Johan Cruyff, válido pelo tradicional Troféu Joan Gamper. Com cerca de três mil presentes, a equipe catalã venceu por 3 a 0. Torcedores gritaram o nome de Messi aos dez minutos de jogo, em alusão ao número que imortalizou.

A saída de Messi provocou o desligamento de Jaume Llopis, membro da Comissão Espai Barça que, em carta dirigida ao presidente Joan Laporta, se mostrou decepcionado com a condução das negociações. O dirigente ainda mencionou que o atual cenário é favorável para a chegada do atacante francês Kylian Mbappé ao Real Madrid.

“Você me decepcionou, pensei que você fosse o único capaz de enfrentar Florentino [Pérez, presidente do Real]. Não tenho informações, mas tenho certeza de que muito mais poderia ser feito para que Messi ficasse. Os que sobraram são muitos. Messi era um patrimônio importante do FC Barcelona. Veremos quando chegar a Superliga, se chegar, e entretanto, reforçando o PSG e facilitando a ida de Mbappé a Madrid. O plano perfeito de Florentino. Você ficará na história como o presidente que demitiu Messi”, argumentou

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