Protocolo da CBF para volta de público exige vacina ou teste para Covid-19
Entidade prepara quartas de final da Copa do Brasil com presença de torcida nos estádios; três divisões do Brasileirão podem ser contempladas
A Confederação Brasileira de Futebol (CBF) divulgou nesta sexta-feira, 13, o Protocolo de Recomendações para Retorno do Público aos Estádios. A entidade prevê que as quartas de final da Copa do Brasil e partidas das séries A, B e C do Campeonato Brasileiro tenham presença de torcida. A decisão da liberação de torcedores ainda depende das autoridades de saúde dos locais. A informação foi publicada pelo Ge.com.
Assine a revista digital no app por apenas R$ 8,90/mês
O protocolo coloca como obrigatoriedade a vacina completa, teste RT-PCR negativo de até três dias antes da partida ou o teste ‘pesquisa de antígenos’ realizado até dois dias antes do evento. Além disso, alguns pré-requisitos para a realização dos jogos com público foram estabelecidos pela CBF como distanciamento social durante a partida, uso obrigatório de máscaras de proteção, aferição de temperatura corporal na entrada e higienização da mãos com álcool ou lavagem com água e sabão.
Para a definição de quantidade de público, a entidade explica que levará em conta a taxa de normalidade, número calculado levando em conta a quantidade de novos casos por 100 mil habitantes nas últimas duas semanas, a previsão de novas infecções, a taxa de mortalidade por Covid-19 nos últimos 14 dias, a tendência de aumento de mortes, a letalidade da doença em nível global e a porcentagem de população totalmente vacinada. Partindo disso, um cálculo definirá o limite de torcedores nos estádios.
Para que o Campeonato Brasileiro possa contar com jogos com público, um conselho técnico precisa aprovar. Segundo a reportagem, a liberação deve acontecer nos próximos dias.
Na última semana, sete clubes da Série A, além da CBF e da Federação Paulista de Futebol (FPF) se manifestaram contrários em suas redes sociais à decisão do Superior Tribunal de Justiça Desportiva (STJD) que permite ao Flamengo o retorno de público nos estádios em torneios nacionais.
Eles afirmaram que a medida feria a isonomia da competição e a decisão em colegiado. Os primeiros foram Palmeiras e Red Bull Bragantino, seguidos por Santos, São Paulo, Internacional e Corinthians. A CBF afirmou, na ocasião, que a decisão do clube carioca de ir à Justiça contrariou acordo feito pelos 20 clubes que integram a elite do futebol nacional durante conselho técnico realizado em 24 de março deste ano.
O Flamengo já havia sido protagonista de outra briga, desta vez com a prefeitura do Rio de Janeiro. O município liberou ao clube a utilização de 10% da capacidade do Maracanã para a partida contra o Olímpia, do Paraguai, pelas quartas de final da Libertadores, no próximo dia 18. As condições de segurança sanitária exigidas pela prefeitura não agradaram aos dirigentes do clube, que cogitaram mandar partida para Brasília.
A exceção de torcedores no estádio no período de enfrentamento ao novo coronavírus aconteceu na decisão da última Libertadores, entre Santos e Palmeiras, em 30 de janeiro, com quase dez mil ingressos destinados a convidados. Além disso, a decisão da Copa América entre Brasil e Argentina, no último dia 10 de julho, no Maracanã, também contou com 10% da capacidade. O confronto terminou com vitória por 1 a 0 dos argentinos e, consequentemente, o títulos dos rivais.