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Presidente do Santos ataca CBF: ‘Conseguiu o que queria’

José Carlos Peres reclamou da mudança do mando de campo e da ausência do atacante Rodrygo em derrota para o Atlético-MG

O presidente do Santos, José Carlos Peres, atacou a Confederação Brasileira de Futebol depois da eliminação do time nas oitavas de final da Copa do Brasil, em derrota de 2 a 1 para o Atlético-MG, no Pacaembu. O dirigente culpou a entidade pela queda em razão da mudança do local da partida e também por não liberar o atacante Rodrygo, convocado pela seleção olímpica do Brasil.

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“Eu queria até fazer um agradecimento à CBF. Ela conseguiu o que ela queria: nós fomos desclassificados, porque nos roubaram o direito de jogar na Vila Belmiro, sim”, ironizou o presidente. Ele alegou que a intenção do clube era mandar o jogo na Vila Belmiro, e não no Pacaembu, como acontece nesta quinta-feira, 6.

“Mandamos um ofício para a CBF cinco dias antes da primeira partida. O artigo 13 diz que não pode mudar a partida depois que faz a primeira. Esse ofício chegou lá na CBF no dia 10 de maio. Falei que íamos perder jogadores. E ela não respondeu. Quando respondeu, foi porque não tinha prazo. A responsabilidade tinha que ser assumida. O jogo era na Vila Belmiro. Fizemos o pedido no dia 10 de maio”, reforçou Peres.

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Peres lamentou a presença de apenas 16.857 torcedores no Pacaembu. O Santos costuma mandar jogos no local justamente para ter público maior e obter mais dinheiro com bilheteria. Ele ainda minimizou as reclamações da torcida quanto aos preços cobrados nesta partida.

“Não dá para fazer futebol (sem cobrar ingressos mais caros). Quem paga salário? Então não vamos ter um time como o que nós contratamos. Temos um time forte. Esse primeiro ano sabia que teríamos dificuldade. É uma adaptação, é um esquema de jogo diferente. E nós estamos aí segurando para que nós tenhamos um time ofensivo. Esse tipo de reclamação não cabe, a gente respeita a torcida, mas o Santos joga 50% lá em Santos e 50% aqui, em São Paulo”, comentou.

“Um grande time vence no Pacaembu e vence na Vila Belmiro e vence no Maracanã. O Santos tem um tradição de jogar onde está o público, e o grande público hoje não esteve aqui, não compareceu infelizmente. Nós sabemos que existe uma crise no país, mas não justifica só 16.000 torcedores.”

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O dirigente também reclamou da não liberação de Rodrygo, convocado para defender a seleção sub-23 no torneio Maurice Revello. Sem sucesso, o Santos tentou obter a dispensa da convocação principalmente porque o jogador está de saída do clube. No fim do mês, ele deve se apresentar ao Real Madrid, segundo acerto anterior entre os dois times.

“De quebra, convocaram o Rodrygo, que está indo para o Real Madrid. Ele já tem gabarito para ser chamado para a convocação do time A. E nos tiram a força nas competições. Por isso um agradecimento para ela (CBF), porque conseguiu o que ninguém esperava, que era nos desclassificar. Olha, nós estivemos no Rio, falamos com o diretor de competições, falamos sobre a questão do Rodrygo. Ele foi convocado para um torneio não oficial, os clubes não têm a obrigação de liberar o atleta. E mesmo a gente falando que não poderia ceder, ele foi convocado. O Santos foi prejudicado. Não estou aqui chorando derrota. Mas fomos prejudicados”, declarou.

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