Presidente da Juventus é suspenso por ligação com mafiosos
Andrea Agnelli é acusado de participar de venda de ingressos para torcedores ligados à N’Dragheta, a máfia calabresa
O presidente da Juventus, Andrea Agnelli, foi condenado a um ano de suspensão e pagamento de 20.000 euros (cerca de 74.400 reais) de multa pelo caso da venda de ingresso para membros de torcidas organizadas ligadas à máfia, anunciou nesta segunda-feira a Federação Italiana de Futebol (FIGC, na sigla em italiano).
Outros três dirigentes da equipe italiana receberam a mesma pena. A Juventus deverá pagar multa de 300.000 euros (1.116.300 reais) pela venda de ingressos para grupos que tinham membros infiltrados da N’Dragheta, a máfia calabresa. Os ‘ultras’, como são conhecidos o grupo violento de torcedores revendiam as entradas por preços mais caros.
O processo de revenda foi sancionado na sentença desta segunda-feira, mas a Juventus especificou em comunicado oficial que os juízes excluíram qualquer tipo de relação do clube com tais grupos mafiosos. “A Juventus expressa a sua satisfação porque a sentença de hoje, apesar de punir com duras inabilitações o presidente e outras pessoas envolvidas, excluiu qualquer hipótese de relação com expoentes da criminalidade organizada. A equipe tem confiança na justiça esportiva e reitera que sempre atuou em uma via compartilhada com a polícia com o objetivo de contribuir para a manutenção da segurança”.
O procurador do tribunal esportivo pediu dois anos e meio de suspensão, além da extensão do castigo à nível europeu. Agnelli acaba de ser eleito presidente da Associação de Clubes Europeus (ECA). Para a Juventus, pediu dois jogos sem público e pagamento de multa.
O processo na justiça esportiva é resultado de investigação aberta pela procuradoria de Turim, sobre a venda de ingressos da Juventus aos torcedores organizados chamados ultras. Dentre eles, estariam infiltrados membros da N’Drangheta. O advogado do presidente da Juventus anunciou à imprensa que irá recorrer da decisão.
(Com AFP e EFE)