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Perito aponta corrosão em grade que cedeu no Morumbi

Clube prestou assistência às vítimas e começou a apurar as causas do acidente ocorrido na vitória sobre o Atlético-MG. Setor foi construído há dois anos

Um grupo de peritos do Instituto de Criminalística afirmou na madrugada desta quinta-feira que a grade que cedeu no Morumbi e causou a queda de aproximadamente 2 metros de altura de cerca de 20 torcedores no fosso do estádio estava com problemas de corrosão e sem a sustentação necessária para suportar a aglomeração de pessoas. A estrutura de metal, construída há cerca de dois anos, se rompeu no momento da comemoração do gol da vitória do time da casa, por 1 a 0, sobre o Atlético-MG, nesta quarta-feira, pelas quartas de final da Copa Libertadores.

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“Houve corrosão. Vamos mandar para o laboratório para ver que tipo de corrosão. É muito evidente, dá pra ver que estava fragilizado. É um problema de material”, disse o perito Edwar Folli Junior. “Não é feito para suportar a tensão que suportou, é feito como um guarda-corpo. Se tem 20 pessoas empurrando, a tensão é muito maior. Tem que refazer”, completou.

Os peritos ficaram no estádio até 2 horas da manhã aproximadamente. Segundo o São Paulo, 16 pessoas se feriram levemente e outros sete foram levados de ambulância para os hospitais São Luiz, Bandeirantes e Campo Limpo. Os torcedores estavam em um dos camarotes no anel inferior do estádio e acompanhavam a partida apoiados na grade que cedeu. O acidente ocorreu quando Michel Bastos se aproximou do setor para comemorar o gol de cabeça que deu ao time a vantagem nas quartas de final da Libertadores.

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Libertadores: São Paulo bate Atlético-MG e abre vantagem

De acordo com o perito, houve negligência na manutenção da estrutura. “O trabalho não foi bem feito, é evidente que está frágil. E esse gradil que rompeu é todo assim”, disse Folli Junior, que evitou falar em interdição do estádio. “Não sei se é o caso para interdição, mas é preciso refazer essas estruturas. É evidente que elas estão frágeis pela corrosão, então há perigo de haver novos acidentes”, afirmou.

O vice-presidente de comunicações e marketing do São Paulo, José Francisco Manssur, explicou que a grade deve ter dois anos de uso e prometeu que o clube vai apurar as causas do acidente, além de prestar auxílio às vítimas. Segundo o dirigente, os torcedores feridos apresentam fraturas e escoriações, sem risco de vida.

“A gente precisa verificar o que causou. Qualquer cercado aguentaria? Não sei. O cercado ideal aguentaria? Não podemos saber disso agora. Temos que cuidar das pessoas e deixar as verificações técnicas para depois”, afirmou o dirigente logo após a partida. “O cercado da área está ali há uns dois anos. É forte o suficiente para ter resistido esse tempo todo. Agora no momento do gol, com um número de pessoas indo até a área… Precisamos verificar o que aconteceu”, disse.

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O jogo teve a presença de 61.297 torcedores, o maior público no futebol brasileiro neste ano. O São Paulo não confirmou a quantidade de pessoas que estavam na área do acidente por ser necessário requisitar às organizadoras do camarote o número de ingressos que foram repassados para os convidados.

(com Estadão Conteúdo)

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