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Pelé recebe alta e, com bom humor, relata ‘susto’

Aos 74 anos, ele foi liberado após 15 dias tratando de uma infecção urinária

“Pensei que ia passar logo, mas não foi como eu esperava. Fiquei preocupado, mas não fiquei com medo de morrer porque sou um homem de Três Corações”, brincou Pelé, em referência ao nome de sua cidade natal, em Minas Gerais

Tranquilo e bem humorado, Pelé concedeu entrevista nesta terça-feira no hospital Albert Einstein, em São Paulo, de onde recebeu alta após duas semanas internado cuidando de uma infecção urinária. Além de piadas, Pelé contou que tirou um rim ainda nos anos 1970, quando jogava no New York Cosmos (EUA). O ex-jogador de 74 anos admitiu ter se assustado com a gravidade da situação, mas disse estar se sentindo bem e agradeceu pelo apoio recebido nos últimos dias. Pelé ficará alguns dias repousando em São Paulo e depois seguirá para sua casa em Santos.

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“Queria agradecer à equipe médica que me acompanhou nessas duas semanas. Realmente foi um susto. Estava em Santos preparado para ir ao Museu Pelé quando tive um segundo problema e não pude atender a assinatura de autógrafos que tinha em Santos. Fiquei emocionado e surpreso porque recebi mensagens da China, do Paquistão, de quase todos os países da Europa. Não sabia que todos estavam atentos ao meu problema. É bom saber que, além do apoio de Deus, temos o de tanta gente, que torcia para que minha situação melhorasse”, afirmou o maior atleta de todos os tempos.

Pelé deu detalhes sobre a inusitada retirada de um rim, fato ocorrido na década de 70, mas que só se tornou público após sua última internação. Ele contou que levou uma joelhada numa disputa de bola e uma costela perfurou seu rim, quando ainda jogava na no Santos. “Não é que eu tenha escondido esse fato, realmente todo mundo ficou surpreso porque tive uma fratura aqui no Brasil, uma joelhada que levei na décima segunda vértebra, que perfurou o rim. Quando eu fui para o Cosmos, continuei jogando, mas comecei a sentir febre. O médico falou que eu estava jogando há um tempão com um rim só, que eu tinha dois, mas um não funcionava. Foi quando fiz uma cirurgia em Nova York, por isso ninguém ficou sabendo”, revelou.

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O rei do futebol falou sobre os momentos mais críticos vividos antes de sua internação, mas disse que não teve medo de morrer. “Foi uma surpresa. Eu tive alguns calafrios, mas era coisa que já tinha sentido outras vezes e não sabia que poderia ser uma infecção. Pensei que ia passar logo, mas não foi como eu esperava. Fiquei preocupado, mas não fiquei com medo de morrer porque sou um homem de Três Corações”, brincou, em referência ao nome de sua cidade natal, em Minas Gerais. Pelé, que durante a sua gloriosa carreira sempre esbanjou muita vitalidade, admitiu ter se surpreendido com a sequência de problemas de saúde. “Tive uma operação no fêmur, depois teve o problema de pedra no rim. Pensei: ‘Opa, acho que Deus está esquecendo de mim’. Em trinta anos de carreira, viajando o tempo todo, nunca tinha acontecido algo assim, uma em cima da outra.”

Em menos de meia hora de conversa com a imprensa, Pelé ainda deu detalhes de como passou o último fim de semana: assistindo a rodada do Brasileirão. “Foi emocionante, o futebol emociona qualquer um. Foi legal ver os torcedores do Palmeiras sofrendo, também o Vasquinho. E do outro lado a festa em Minas, com o Cruzeiro campeão. Como é a vida, né? Uns festejando, outros chorando. Foi bem emocionante.” E terminou com mais uma piada: “É bom lembrar que na Olimpíada podem entrar na seleção até três jogadores profissionais… Eu sou um deles.”

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