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Parreira cita vergonha por 7 a 1 e cobra ‘choque de gestão’

Ex-treinador acha que Brasil deixou de ser referência, mas acredita que Dunga conseguirá retomar o caminho de vitórias da seleção brasileira

Coordenador técnico da seleção brasileira na Copa do Mundo deste ano, Carlos Alberto Parreira fez uma dura análise do futebol brasileiro na atualidade. Para ele, o país está em crise e ficou para trás no cenário internacional após a vexatória goleada por 7 a 1 sofrida diante da campeã Alemanha na semifinal do Mundial. “A realidade é que o Brasil deixou de ser referência. Precisamos de um choque de gestão dentro e fora de campo”, afirmou Parreira nesta segunda-feira, durante o 1º Fórum Brasil de Treinadores, em Itu, no interior de São Paulo.

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Parreira usou as listas de melhores do ano para reforçar a sua análise. “A Fifa está fazendo a eleição dos melhores do mundo e entre os 15 jogadores de meio de campo não tem nenhum brasileiro. Entre os atacantes, só o Neymar. É muito pouco para o futebol brasileiro e representa o momento não tão bom que estamos vivendo.” Para o treinador do tetracampeonato, em 1994, o problema do Brasil é estrutural e nasce do fato de o país não conseguir mais revelar jogadores talentosos como antigamente. “Para melhorar, não é só dentro de campo, é preciso dar melhor estrutura de trabalho aos profissionais. Um treinador qualificado, sem dúvida, melhora a formação dos jogadores e a qualidade do futebol.”

Parreira também elogiou a seleção alemã e classificou a eliminação do Brasil na semifinal da Copa como “vergonhosa”, apesar de manter a tese de que a goleada foi atípica e acidental. “Fomos batidos pela máquina alemã de jogar futebol, um time maravilhoso que se aproveitou bem de um dia não tão favorável da seleção brasileira. O 7 a 1 foi uma página vergonhosa do nosso futebol. Aconteceu, mas não vai se repetir nem se jogarmos mais 50 vezes com a Alemanha.”

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Ele, no entanto, prevê um futuro brilhante para a seleção acredita que Dunga será capaz de reconstruir a equipe até a Copa do Mundo de 2018, na Rússia. “Não precisa de técnico estrangeiro. O exemplo está aí. Olha o Dunga, em seis jogos conseguiu seis vitórias. Está provado que técnico da seleção brasileira tem de ser brasileiro. No momento não somos referência, mas vamos voltar a ser, não tenho dúvida. Somo muito bons. Nosso material humano é o melhor. A hora que a gente resolver nossos problemas dentro e fora de campo, os resultados também serão bons.”

(Com Estadão Conteúdo)

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