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Para vir à Copa, brasileiros se oferecem à Itália e à França

Jonathan, da Inter de Milão, e Brandão, do Saint-Étienne, querem a convocação

A lista dos jogadores nascidos no Brasil que podem defender outras seleções na Copa do Mundo pode aumentar – e por iniciativa dos próprios atletas, que sonham em vir ao país para o torneio mesmo que seja preciso vestir as cores de outro país. No início desta semana, dois brasileiros que atravessam um bom momento no futebol europeu pediram abertamente uma chance nas seleções dos países onde moram. Jonathan, lateral da Inter de Milão, quer defender a Itália, enquanto Brandão, atacante do Saint-Étienne, espera ter uma chance na França. Assim como Diego Costa, que adotou a seleção espanhola dizendo que pretendia retribuir as oportunidades de crescimento que recebeu no país, Jonathan e Brandão garantem que não teriam nenhum problema em deixar de lado a esperança de defender a seleção brasileira. De acordo com as normas da Fifa, um atleta pode defender a seleção de outro país caso seja naturalizado e nunca tenha defendido outra seleção adulta em competições oficiais (passagens pela seleção nas categorias de base não contam).

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Nascido em Minas Gerais e revelado pelo Cruzeiro, Jonathan defendeu o Santos antes de se transferir para o futebol italiano, em 2011. Ficou emprestado no Parma antes de enfim emplacar uma boa sequência na Inter. Ele foi campeão mundial sub-17 pelo Brasil, mas nunca conquistou seu espaço na seleção adulta. Em entrevista ao jornal La Gazzetta dello Sport, Jonathan, de 28 anos e com dupla cidadania, se ofereceu ao técnico da seleção italiana, Cesare Prandelli. “Se ele me chamar, eu vou”, avisou o atleta. Brandão, de 33 anos, também torce para uma convocação de última hora. Paulistano, revelado no futebol paranaense, o atacante passou por Cruzeiro e Grêmio, mas fez sucesso mesmo na França, primeiro pelo Olympique de Marselha e agora pelo Saint-Étienne, onde já marcou oito gols nesta temporada. Ao contrário de Jonathan, ele ainda não tem a cidadania francesa, o que torna sua convocação bem menos provável. “Mas em um mês eu já serei francês. Quero aproveitar a chance. Há muitos bons jogadores franceses, mas tudo é possível.”

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