Para Simeone, Casemiro é o jogador mais temido da final da Liga dos Campeões
Treinador argentino do Atlético de Madri disse que o volante brasileiro é a principal arma do Real para a decisão deste sábado em Milão
A maior preocupação do Atlético de Madri para a decisão deste sábado da Liga dos Campeões diante do rival Real Madrid, marcada para as 15h45 (de Brasília), em San Siro, Milão, não é Cristiano Ronaldo. Nesta manhã, o técnico Diego Simeone concedeu entrevista coletiva no estádio e surpreendeu ao citar três vezes o nome do brasileiro Casemiro, que ganhou espaço na equipe dirigida por Zinedine Zidane nesta temporada. Para Simeone, que foi um especialista na posição, Casemiro é a grande ameaça para sua equipe, que busca o primeiro título na competição.
“Espero um jogo muito intenso, equilibrado. A presença de Casemiro dá ao rival uma virtude na hora de agrupar-se melhor e manter a força defensiva”, disse Simeone. Em seguida, perguntado sobre o trabalho de Zidane, voltou a encher a bola do brasileiro. “O trabalho de Zidane está sendo importantíssimo. Não se deixou levar por situações anteriores e assumiu a responsabilidade de colocar o Casemiro, que está sendo muito importante.”
As menções a Casemiro (único atleta adversário citado pelo técnico), chamaram a atenção da imprensa espanhola, que insistiu, perguntado se o brasileiro de 24 anos era o melhor jogador da equipe rival. “Para o equilíbrio do Real Madrid, sem dúvida nenhuma”, completou o enigmático treinador.
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As escalações ainda não foram confirmadas, mas Casemiro deve ser mantido na equipe titular, como primeiro volante, à frente de Luka Modric e Toni Kroos. A incrível evolução do brasileiro coincidiu com a chegada de Zidane, em janeiro. Com o brasileiro, a equipe ganhou maior consistência defensiva, já que Modric e Kroos não são especialistas em marcação e ficavam sobrecarregados. Casemiro ganhou muito destaque em abril ao “parar” Messi na vitória do Real sobre o Barcelona, no Camp Nou.
Formado no São Paulo, Casemiro atuou no Morumbi de 2010 a 2013. Nesse período, jogou mais como segundo volante, com menos obrigações defensivas, e foi constantemente criticado por seu temperamento e comprometimento. Emprestado ao Real Madrid B, logo agradou e ganhou chances no time principal, ainda com o técnico José Mourinho no comando. Perdeu espaço no ano seguinte e foi emprestado ao Porto, onde deixou boa impressão. De volta à Espanha, caiu nas graças de Zidane. Ele está convocado pelo técnico Dunga para a Copa América Centenário, nos Estados Unidos.