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Palmeirenses ‘invadem’ Abu Dhabi, ofuscam egípcios e empurram time à final

Vitória contra o Al Ahly também aconteceu na arquibancada graças à grande presença de alviverdes, que foram maioria no estádio Al Nahyan

ABU DHABI – O Palmeiras começou a ganhar a partida contra o Al Ahly nesta terça-feira, 8, pela semifinal do Mundial de Clubes, em Abu Dhabi, no gogó de sua torcida. Apesar de terem uma comunidade numerosa nos Emirados Árabes Unidos e do conhecido fanatismo de seus adeptos, os egípcios não foram páreo para os alviverdes, que dominaram cerca de 60% do espaço do estádio Al Nahyan e empurraram o time com gritos e cânticos.

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Esse “milagre da multiplicação” palmeirense foi possível com a chegada de torcedores de várias partes do mundo. Veio gente de Portugal, como os amigos Davison Marques e João Marcelo, de Setúbal, na outra margem do rio Tejo, defronte a Lisboa, membros da torcida organizada Mancha Verde Portugal. “Não vamos ao Brasil há quatro anos, mas não podíamos perder este Mundial”, disseram.

Também veio a turma do consulado do Palmeiras em Dublin, que não perde um jogo sequer do seu time do coração no pub Busker’s, uma espécie de quartel-general do grupo na capital da Irlanda. “No dia seguinte à conquista do bicampeonato da Libertadores, já estava correndo um grupo com dicas no WhatsApp (sobre a viagem aos Emirados)”, contou o chefe de cozinha Jonas Almeida.

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Além de cotações de bilhetes e diárias de hotel, o grupo se atualizou sobre as exigências em tempos de pandemia de Covid-19. Foi assim que se livraram de contratempos, como a possível falta de um teste de PCR local na travessia entre Dubai e Abu Dhabi. Apesar de ficarem nos mesmos Emirados Árabes Unidos, testes estrangeiros não são aceitos na divisa entre eles: apenas os feitos no país.

Tudo isso acaba fazendo com que a viagem custe caro. “Vir para cá não saiu barato”, contou, eufórico, Carlos Pugliese, empresário de São Paulo. Hospedado em Dubai com a mulher e um casal de filhos, todos palmeirenses, ele calcula que gastará cerca de R$ 50 mil entre passagens aéreas, hospedagem, aluguel de carro, comida, exames de Covid-19, ingressos e a verba para comemorar com uma boa cerveja.

O preço médio da bebida em Abu Dhabi, aliás, é cerca de R$ 55. E só é possível beber em hotéis, desde que se mostre o passaporte comprovando ter mais do que 21 anos. Em tempo: consumir álcool na rua dá multa.

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Luan durante o jogo entre Palmeiras e Al Ahly na semifinal do Mundial -
Luan durante o jogo entre Palmeiras e Al Ahly na semifinal do Mundial –

Se tudo isso está valendo à pena? “Claro que sim”, respondem em uníssono os empresários Fábio e Rafael Ribeiro, que, além de curtir os jogos com o pai, decidiram por um presente inesquecível: dois dias no Hotel Shangri-la Qaryat al Beri, onde o Palmeiras está concentrado em Abu Dhabi. “Além de ficar em um hotel cinco estrelas, foi sensacional interagir com os jogadores”, disse Rafael.

Melhor do que isso, só comemorar um título mundial inédito no próximo sábado, 12. A final acontece a partir das 13h30 (de Brasília), contra o vencedor do duelo entre Chelsea, da Inglaterra, e Al Hilal, da Arábia Saudita, que se enfrentam nesta quarta-feira, 9.

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