Ex-treinador do São Paulo destacou qualidades da equipe brasileira, mas confia em surpresa. “Temos chances. É futebol, não rúgbi, beisebol ou tênis…”
SAMARA – O técnico colombiano Juan Carlos Osorio, que trabalhou no São Paulo em 2015, rasgou elogios ao futebol brasileiro e considerou a seleção de Tite a melhor do mundo, mas garantiu que o México não ficará na defesa na partida desta segunda, às 11 (de Brasília), pelas oitavas de final da Copa do Mundo da Rússia.
“Nossa ideia de jogo é causar sempre problemas defensivos ao rival, nunca renunciar à nossa proposta de atacar”, afirmou Osorio em entrevista coletiva. “Podemos ser perigosos no contra-ataque, mas a ideia é não se jogar para dentro do nosso gol, porque o Brasil tem muita qualidade e acaba fazendo gol, como já ocorreu contra equipes defensivas.”
O que você precisa saber sobre Brasil x México
“Creio que Brasil é um grande time, me atreveria a dizer que é o melhor do mundo, porque coletivamente todos seus jogadores têm a capacidade de controlar e passar bem a bola, como Espanha e Alemanha, mas com três diferenças fundamentais: dois meias ‘chegadores’, Paulinho e Coutinho, e cinco dribladores: Neymar, Willian, Coutinho, Jesus e Douglas Costa. É um super time, tem defensores com bom jogo aéreo…”, continuou o treinador.
Osorio minimizou a ‘maldição das oitavas de final’ – o México caiu na quarta partida nas últimas seis Copas do Mundo: “Não acredito em superstição, mas em trabalho duro, em ter um bom plano para cada jogo. Às vezes funciona e às vezes não. Não falamos aos jogadores sobre o ‘quinto jogo’. Espero jogar de igual para igual com o melhor time do mundo.”
Assim como Tite, Osorio evitou o tom de mistério e disse que tentará controlar o jogo pelos lados do campo. “Vamos colocar sempre, no mínimo, cinco jogadores ofensivos, ou quatro ofensivos e dois mistos. Temos de atacar, desfrutar da posse de bola, estar atentos à igualdade numérica ao defender. Sabemos que, como sempre, o Brasil tem laterais que atacam bem e vamos tentar ter vantagem nesse sentido.”
O treinador do México não considera que a eliminação de grandes seleções, como Alemanha e Argentina, irá afetar o psicológico do Brasil. Mas confia em uma surpresa. “Temos chance de ganhar o jogo, porque não jogamos rúgbi, beisebol, basquete ou tênis… no futebol não se pode antecipar quem vai ganhar. E uma tarefa titânica, mas vamos tentar.”