Ochoa, o ‘goleiro de Copa’, tentará frustrar Neymar novamente
Com pouco destaque em clubes, goleiro mexicano reencontrará o Brasil quatro anos após ótima atuação em Fortaleza
SOCHI – O destino voltará a unir Guillermo Ochoa à seleção brasileira na próxima segunda-feira, em Samara. Goleiro de pouco destaque em clubes, o mexicano já pode ser considerado um daqueles “jogadores de Copa do Mundo“, um fenômeno que aparece com brilho de quatro em quatro anos, como ocorreu com seu compatriota Jorge Campos na década de 90. Ao contrário do antecessor, no entanto, Ochoa não se destaca por motivos folclóricos (como baixa estatura e camisas extravagantes), mas por suas boas atuações. A mais memorável aconteceu em Fortaleza, na segunda rodada da Copa de 2014.
Tabela completa de jogos da Copa do Mundo de 2018
Na ocasião, Ochoa fez treze defesas, uma impressionante em cabeçada de Neymar, e garantiu o empate em 0 a 0 no Castelão. Foi eleito o melhor da partida e ganhou fama até cair nas oitavas de final contra a Holanda. Desta vez, o duelo com o Brasil será no mata-mata, nas oitavas de final do Mundial da Rússia.
“Memo” Ochoa, de 32 anos, despontou no América do México, mas jamais conseguiu repetir o sucesso em suas aventuras pela Europa. Em 2011, tinha proposta do Paris Saint-Germain, mas o negócio não deu certo depois que o goleiro foi flagrado em exame antidoping. Inocentado, foi parar em um clube bem mais modesto da França, o Ajaccio.
Ochoa ainda passou por Málaga e Granada, na Espanha, sem muito sucesso, e hoje está no Standard Liège, da Bélgica. Pela seleção mexicana, foi aos quatro últimos Mundiais (os dois primeiros como reserva). Mas seu momento de maior consagração foi, sem dúvidas, as defesas contra Neymar.
Os dois se encontraram outras vezes em partidas de clubes e neste caso o brasileiro levou vantagem. Nas oitavas da Libertadores de 2011, vencida pelo Santos. O segundo jogo, no estádio Azteca, terminou em 0 a 0. Em 2016, voltaram a se encontrar pelo Campeonato Espanhol e o Barcelona venceu o Granada por 1 a 0 com gol de Rafinha.
Os dois lideram suas respectivas estatísticas: o brasileiro foi quem mais finalizou na primeira fase, 17 vezes, e o mexicano quem mais defendeu, com 17 intervenções.