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O palhaço da Alvorada

Graças à Copa, o Brasil está melhorando, e isso ninguém tem coragem de dizer! Sigam-me no meu raciocínio: tem feriado todo dia, todo mundo parou de trabalhar no governo, o trânsito anda uma beleza, a polícia só está batendo nos chilenos e até os assaltantes resolveram tirar férias pra assistir à Copa. Já estou aqui […]

Agamenon Mendes Pedreira
Agamenon Mendes Pedreira VEJA

Graças à Copa, o Brasil está melhorando, e isso ninguém tem coragem de dizer! Sigam-me no meu raciocínio: tem feriado todo dia, todo mundo parou de trabalhar no governo, o trânsito anda uma beleza, a polícia só está batendo nos chilenos e até os assaltantes resolveram tirar férias pra assistir à Copa. Já estou aqui em Brasília e estacionei meu Dodge Dart 73, enferrujado, na porta da Arena Zé Mané Garrincha. O bilionário estádio foi assim batizado não em homenagem ao grande Garrincha, mas em honra ao Zé Mané, o torcedor contribuinte, que pagou esta obra superfaturada PATRÃO FIFA.

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Bola da VEJA: como VEJA mostra a Copa do Mundo

A grande discussão aqui na capital federal é o que vai ser feito com o enorme e luxuoso estádio de futebol depois que a Copa acabar. Como em Brasília não se pratica muito o futebol (o esporte local é a roubalheira), minha sugestão é transformar o Mané Garrincha em presídio após o Mundial. E depois trancar lá dentro todos os políticos, empreiteiros, lobistas e funcionários públicos que meteram a mão nas verbas da Copa. O problema é que não ia ter vaga pra todo mundo. E a Papuda (que é uma penitenciária Padrão FIFA) já está lotada de mensaleiros do PT (Partido da Tranca). Enquanto membro da imprensa golpista de direita da elite branca, fui prestar solidariedade à presidenta Dilma Roskoff, que ainda está entalada com os xingamentos chulos, de baixo calão, que recebeu da torcida no Itaquerão. Indignada com os apupos, Dilma se trancou no palácio com sua amiga, a presidenta da Petrobras, “Graça” Foster. Palácio do Jaburu, é claro.

Dilma me confessou que não sabe se vai ao jogo, com medo de ser vaiada. Sugeri então à Angela Merkel brasileira ir ao estádio disfarçada de mulher. Como se fosse o cartunista Laerte. Assim, travestida, no meio do povão da elite, Dilma ia poder lavar a alma, xingando o Renan, o Collor, o Michel Temer, o Gilberto Cascalho e todas as outras autoridades que estivessem presentes.

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E atenção, torcida brasileira: vamos secar bastante os Camarões! E fazer um vatapá!

Agamenon é jornalista superfaturado

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