Nuzman teme que crise do vôlei afete Brasil em 2016
Presidente do COB diz temer pelo desempenho das seleções dentro de quadra
“O que estão em jogo são as quatro medalhas (de ouro) que o vôlei tem a disputar, no masculino e no feminino, e no vôlei de praia”
Carlos Arthur Nuzman, presidente do Comitê Olímpico Brasileiro (COB), expressou preocupação, na última terça-feira à noite, no Rio, com a crise institucional do vôlei brasileiro. Ex-presidente da Confederação Brasileira de Vôlei (CBV), entre 1980 e 1990, e ex-jogador da seleção, Nuzman disse temer que o desempenho das seleções seja afetado nos Jogos Olímpicos de 2016, no Rio.
Leia também:
Em crise, vôlei do Brasil pode levar suspensão de um ano
Astros do vôlei protestam contra CBV nas redes sociais
Bernardinho diz que punição da FIVB foi ‘retaliação’
Após denúncias, BB suspende patrocínio ao vôlei brasileiro
CGU vai investigar denúncias envolvendo Ary Graça e a CBV
Na última quinta, o Banco do Brasil suspendeu o patrocínio à CBV, após relatório da Controladoria-Geral da União (CGU) apontar irregularidades na administração dos recursos na entidade. “Voleibol é um esporte popular, um exemplo de profissionalismo, de trabalho, para o país, e é importante ter o voleibol retomando o seu caminho, para os atletas, para os treinadores e para os torcedores de uma maneira geral.” Ele disse ainda que teve uma “surpresa muito grande” ao saber das punições aplicadas pela Federação Internacional de Vôlei (FIVB), da qual Ary Graça é presidente, ao técnico Bernardinho, ao líbero Mário Junior, ao levantador Bruninho e ao ponteiro Murilo.
Leia também:
Após denúncias, BB suspende patrocínio ao vôlei brasileiro
Bernardinho cita ‘jogo baixo’ da confederação após derrota
“Com relação ao contrato do Banco do Brasil, espero que essa suspensão seja temporária, porque o que nos preocupa é o trabalho das seleções e a preparação para os Jogos, porque o que estão em jogo são as quatro medalhas (de ouro) que o vôlei tem a disputar, no masculino e no feminino, e no vôlei de praia”, disse Nuzman.
Ele ainda negou que o COB possa intervir junto à CBV para ajudar na crise. “O COB não tem por hábito intervir, ele apenas age apenas quando há a necessidade de mexer e mudar na regulamentação, na administração. E este não é o caso.” A CBV anunciou na última sexta que desistiu de sediar as finais da Liga Mundial de 2015, no Rio, no Maracanãzinho, que usaria a competição como evento-teste para a Olimpíada.
(Com Estadão Conteúdo)
