Publicidade
Publicidade

Novos estádios da Europa vão ter até… futebol!

Com investimento total de mais de 11 bilhões de reais, próximas arenas européias vão contar com atrações criadas para funcionar sete dias por semana

A Fiorentina anunciou no começo de março o projeto de seu novo estádio, com capacidade para 40.000 lugares, que vai substituir o Artemio Franchi, inaugurado em 1931 e que pode receber 47.000 pessoas. Não se trata, portanto, de aumentar a quantidade de gente nas partidas, mas de elevar a quantidade de dinheiro arrecadado com o equipamento. E o clube de Florença não está sozinho nessa.

Publicidade

Nos próximos anos, a Europa contará com sete estádios novos, ou remodelados, e eles terão em comum o fato de não dependerem dos dias de jogos para faturar. Nos anos 90, surgiu no continente o conceito de estádio de futebol multiuso, com restaurantes e lojas para atrair a atenção (e os euros) dos torcedores antes e depois das partidas, mas agora a ideia é receber o público sete dias por semana.

[googlemaps https://www.google.com/maps/d/embed?mid=1eoo0mSpS0kFEju1dYR9LI0YKxvY&w=640&h=480%5D

Para isso, os estádios terão atrações que serão independentes do calendário de jogos dos clubes, e capazes de atrair tanto os fanáticos por futebol (com museus das equipes) quanto quem não tem muito interesse pela modalidade, com centros comerciais e hotéis de luxo, tal qual o que será construído no novo Santiago Bernabéu, do Real Madrid.

Publicidade

Conheça os sete estádios que serão inaugurados na Europa a partir de setembro, quando o Atlético de Madri começará a usar sua nova casa:

Fiorentina

O novo estádio da equipe italiana, com 40.000 lugares, poderá receber mais de 10% da população da cidade de Florença, de cerca de 377.000 habitantes.

Roma

Com o novo estádio, a Roma deixará de dividir a casa com seu maior rival, a Lazio. Os dois clubes usam atualmente o Estádio Olímpico, palco principal dos Jogos Olímpicos de 1960.

Publicidade

Chelsea

Durante a construção de sua nova arena, no mesmo lugar da atual, o Chelsea vai utilizar Wembley, maior estádio da Inglaterra (90.000 lugares) e casa da seleção nacional.

Tottenham

Continua após a publicidade

A capacidade do estádio (61.000 lugares) é motivo de satisfação para a torcida do clube de Londres. São cerca de mil lugares a mais do que o Estádio Emirates,  do Arsenal, maior rival da equipe.

Barcelona

O novo Camp Nou será o segundo maior estádio de futebol do mundo, perdendo apenas para o Rungrado Primeiro de Maio, de Pyongyang, Coreia do Norte (cuja capacidade varia entre 114.000 e 150.000 lugares, de acordo com a fonte consultada).

Real Madrid

O novo Santiago Bernabéu seguirá à risca o “estilo Real Madrid”, clube que gosta de ostentar seu grande poder financeiro. Entre as atrações do estádio, estará um hotel de luxo, coisa para endinheirados como Cristiano Ronaldo.

Atlético de Madri

Primeiro da nova leva de estádios a ser inaugurado, o Wanda Metropolitano é resultado de uma reconstrução do La Peineta, que seria o principal palco dos Jogos Olímpicos caso Madri tivesse ganho uma das três disputas em que entrou (para 2012, 2016 e 2020).

Dinheiro de sobra

A nova onda de estádios da Europa vai custar caro para os clubes de Itália, Espanha e Inglaterra. No total, as sete arenas terão custo de 3,375 bilhões de euros, o que equivale a aproximadamente 11,3 bilhões de reais.

O mais caro de todos será o sucessor do White Hart Lane, do Tottenham, que tem o orçamento de 860 milhões de euros (cerca de 2,9 bilhões de reais). São 300 milhões de reais a mais do que o Estádio Mané Garrincha, de Brasília, a mais custosa das 12 arenas da Copa do Mundo de 2014.

Ao contrário dos estádios construídos no Brasil, no entanto, os sete novos equipamentos europeus serão todos erguidos ou reformulados com dinheiro privado, obtido pelos próprios clubes. Nesse aspecto, a Fiorentina é quem tem mais dificuldades, pois seus dirigentes admitem que ainda não conseguiram captar os 420 milhões de euros (1,4 bilhão de reais) estimados para a construção de sua nova casa.

Mau exemplo brasileiro

Se os novos estádios da Europa surgirão com a preocupação de serem utilizáveis nos sete dias da semana, muitos dos equipamentos erguidos para a Copa do Mundo do Brasil não são usados sequer para sua finalidade básica, o futebol.

A Arena Amazônia, em Manaus, a Arena Pantanal, em Cuiabá, e o Mané Garrincha, em Brasília, dependem da boa vontade de clubes dos principais centros futebolísticos do país para receber eventos de grande público, ainda assim muito esporadicamente.

O caso da Arena Pantanal é emblemático. O governo do Mato Grosso não tem dinheiro para fazer obras de manutenção no local e, por isso, o estádio no momento tem capacidade para apenas 10.000l pessoas (31.000 lugares a menos do que a capacidade original). Os mato-grossenses tinham a intenção de receber na arena um jogo da seleção brasileira nas Eliminatórias para a Copa de 2018, mas desistiram porque, sem as obras, não seria possível liberá-la para receber um público de 41.000 torcedores.

Continua após a publicidade

Publicidade