No Pelourinho, a zoeira teve, sim, limites
Um dia após a goleada dos holandeses, um dos principais pontos turísticos da capital baiana se tornou uma grande fan fest: com muitos torcedores, muita bebida e, surpreendentemente, alguma ordem
O grupo majoritário soube levar a felicidade dos adversários na esportiva. Uma verdadeira aula de civilidade, que poderia servir de exemplo para os brasileiros valentões
O sábado foi um dia, pelo menos oficialmente, sem Copa do Mundo em Salvador. Afinal, a Arena Fonte Nova não recebeu nenhum jogo ou treino de seleção, e o telão da Fan Fest montada em frente ao Farol da Barra não foi ligado durante as partidas. Mas isso não significa que o futebol ficou em segundo plano: o Pelourinho foi tomado por visitantes de várias nacionalidades. E surpreenda-se: estavam mais interessados num cantinho para acompanhar os jogos e torcer do que percorrer as famosas ladeiras do centro histórico da capital baiana.
Um bar localizado na Praça Terreiro de Jesus virou o ponto de encontro para holandeses, alemães, portugueses, costarriquenhos, suíços, argentinos, colombianos, camaroneses e muitos (mas muitos mesmo) ingleses. Devidamente paramentados com camisas do English Team e bandeiras nacionais, os turistas tomaram conta do bar. Durante a partida entre Uruguai e Costa Rica, adversários diretos da Inglaterra no grupo D, mais de 50 súditos da Rainha engrossaram o coro de apenas três torcedores da Costa Rica.
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