O homem preso sob suspeita de ter roubado laudos médicos do ex-piloto de Fórmula 1 Michael Schumacher foi encontrado morto em sua cela, segundo informou nesta quarta-feira a promotoria da Justiça da Suíça. Procuradores de Zurique disseram que a pessoa, cuja identidade não foi revelada, foi achada enforcada pela manhã na cadeia onde estava detida. Uma investigação inicial apontou que não houve outros envolvidos com a morte do homem, preso na última terça-feira e que trabalhava no serviço de ambulâncias aéreas Rega. A suspeita é que tenha cometido suicídio. A Rega é acusada de ter oferecido o dossiê com as informações médicas em troca de 50.000 euros (cerca de 152.000 reais) para veículos de imprensa de vários países.
Os procuradores abriram um processo pela suspeita de violação de confidencialidade médica depois que a empresa que presta serviço de resgate por helicóptero e a família de Schumacher entraram com queixa-crime para denunciar o roubo dos laudos médicos.
A Rega foi responsável pelo transporte de Schumacher, em 16 de junho, para um hospital em Lausanne, Suíça, após ganhar alta do hospital de Grenoble, na França. Ele sofreu acidente enquanto esquiava na estação de Méribel, em 29 de dezembro de 2013. O capacete usado por Schumacher chegou a rachar por causa do impacto em uma rocha no momento da queda, o que o deixou com graves lesões na cabeça.
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Sabine Kehm, representante e assessora do heptacampeão de F1, chegou a dizer que os laudos médicos roubados foram oferecidos a alguns órgãos de imprensa. Schumacher, de 45 anos, foi colocado em coma induzido, para que a inflamação e inchaço no cérebro fossem reduzidos. Ele também foi operado para eliminação de coágulos de sangue. Ainda não se sabe da real situação neurológica do ex-piloto – as condições clínicas de Schumacher são mantidas em sigilo pela família.