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Ministro do Esporte admite: ‘Não entendo profundamente da área’

George Hilton – radialista, apresentador de televisão e animador – é deputado federal mineiro do PRB, ligado à Igreja Universal e diz que sua ‘fé religiosa grande e inquebrável’ não será obstáculo para a condução da pasta

Alvo de críticas de quem é ligado ao esporte e vaiado na quinta-feira durante cerimônia de posse no Palácio do Planalto, o novo ministro do Esporte, George Hilton, assumiu a pasta oficialmente nesta sexta-feira em evento esvaziado de atletas e também de representantes do primeiro escalão do governo. No seu discurso, o deputado federal mineiro do PRB admitiu não ser familiarizado com o assunto. “Gostaria de tranquilizá-los para dizer: posso não entender profundamente de esportes, mas entendo de gente. Eu sei ouvir as pessoas, sei dialogar”, disse o ministro, prometendo usar sua habilidade política para tocar a pasta. Hilton é radialista, apresentador de televisão e animador. “As críticas não me abatem, me impulsionam a empurrar a mim mesmo a realizar proezas.”

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Aldo Rebelo (PC do B-SP) passou o cargo a Hilton e minimizou a falta de familiaridade do sucessor, destacando a experiência da equipe técnica. As críticas ao novo ministro, disse Rebelo, são “parte da democracia”. Hilton se recusou a dar entrevistas ao final do evento de transmissão do cargo e recebeu cumprimentos de convidados em uma sala reservada, sem a presença da imprensa.

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Plataforma – Com a falta de outras personalidades do esporte, Hilton quebrou o protocolo e pediu que o jogador de vôlei de praia Emanuel subisse ao palco – ele é casado com a ex-jogadora Leila, filiada ao PRB-DF. A plateia tinha servidores do Ministério, representantes de confederações esportivas e políticos. A ministra de Direitos Humanos, Ideli Salvatti, chegou nos dez minutos finais do discurso de Hilton. Ligado à Igreja Universal, ele garantiu que sua “fé religiosa grande e inquebrável” não será obstáculo para a condução do Ministério.

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O ministro, de 43 anos, nascido na Bahia, destacou avanços dos últimos doze anos na questão social e defendeu a “democratização” do esporte e seu uso como instrumento de inclusão. “Vou dar atenção especial ao esporte social, ao esporte inclusão, educacional e comunitário.” Disse ainda que a tônica da sua gestão será o esporte de base e prometeu trabalho intenso pela prorrogação da Lei de Incentivo ao Esporte, que vence em 2015. Afirmou que nos próximos dias vai tratar com a Casa Civil a questão da dívida de clubes de futebol e prometeu se empenhar para valorizar o futebol feminino.

O apoio aos atletas que vão disputar os Jogos Olímpicos e Paralímpicos de 2016, segundo ele, será mantido, com continuidade dos programas Bolsa Pódio e Bolsa Atleta. Também será mantido o programa de controle de dopagem. “Estou assumindo não só o compromisso de manter o que muito bem tem sido feito, mas especialmente de aperfeiçoar, ampliar e democratizar tudo o que vem sendo feito dentro do esporte.”

(Com Estadão Conteúdo)

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