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Massa elogia reforma de Interlagos, mas avisa: ‘Melhorou, mas não acabou’

Orçada em 160 milhões de reais, reforma do autódromo só será concluída em 2016

O Autódromo de Interlagos, que completou 75 anos em maio, receberá neste fim de semana o Grande Prêmio do Brasil de Fórmula 1 com uma nova roupagem. A um custo de 160 milhões de reais, bancados pelo Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), via Ministério do Turismo, as obras tiveram início ainda em 2014 e já mudaram a cara do circuito – mas só serão totalmente concluídas em 2016. Em entrevista coletiva nesta quinta-feira, o brasileiro Felipe Massa, da Williams, aprovou o aumento do paddock e a iniciativa de revitalizar Interlagos, mas lamentou que as obras não estejam concluídas.

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“O espaço para as equipes melhorou bastante. Está melhor do que era, sem dúvida, mas poderia ter ficado mais bonitinho para a gente mostrar algo melhor para as pessoas. Parece uma casa que começou e não acabou”, afirmou o piloto, que representará o país no domingo ao lado de Felipe Nasr, da Sauber.

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Massa ainda comparou Interlagos com o reformado Autódromo Hermanos Rodríguez, que recebeu a última etapa, na Cidade do México, depois de 23 anos fora do calendário. Segundo Massa, o entusiasmo dos mexicanos é comparável ao dos brasileiros, mas a estrutura que encontrou lá foi superior. “Não acho que tem muita diferença do México para o Brasil, até parecia que estava em São Paulo. Mas lá eles fizeram um trabalho espetacular. Acho que a gente só não conseguiu acabar, ficou bom, mas não acabou. Infelizmente não é uma novidade, né?”, lamentou o piloto de 34 anos.

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Acostumado a participar de etapas em países sem tradição no automobilismo, mas com circuitos moderníssimos, como Bahrein e Emirados Árabes, Massa acredita que os países mais respeitados na categoria precisam se atualizar. “A Fórmula 1 tem que ir para lugares que querem ter a Fórmula 1, como Brasil, México e muitos outros.”

A reforma – Ainda no ano passado, quando muitas equipes reclamavam de Interlagos, a reforma foi iniciada com a troca do asfalto e ajustes em áreas de escape. Neste ano, a área do paddock foi ampliada e foram erguidos dois novos prédios, um para receber as escuderias – com direito a escritório, cozinha, banheiros privativos e área para receber imprensa e convidados – e outro de seis andares para sediar o novo centro operacional. Para o próximo ano, serão derrubados a torre de controle e todo o prédio dos boxes, que conta ainda com o centro de imprensa e área VIP.

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Uma nova construção será erguida no local. Por consequência, as equipes ganharão boxes mais amplos e altos. Com a reforma totalmente finalizada, o paddock passará a contar com 28 boxes, cinco a mais que a atual estrutura. A obra foi paralisada no fim de outubro, em razão do GP, e será retomada em 4 de janeiro.

O belo andar térreo do prédio das equipes contrasta com as obras por acabar do andar superior. O pavimento conta com estrutura com os tijolos ainda à mostra. “Interlagos não tem a estrutura mais impressionante dos dias atuais, mais é um circuito histórico”, comentou o venezuelano Pastor Maldonado, da Lotus.

Na semana passada, o chefe da categoria, Bernie Ecclestone, afirmou que com a reforma, Interlagos deixou de ser o pior circuito do mundo. “A mudança é bem visível e o pessoal por enquanto tem aprovado”, explicou o engenheiro-chefe do GP, Luis Ernesto Morales. O GP do Brasil terá início às 14 horas de domingo. O treino classificatório está marcado para o mesmo horário de sábado.

(Ivan Pacheco, de Interlagos, com Estadão Conteúdo)

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