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Marin é extraditado para os EUA e não poderá falar com Teixeira e Del Nero

Ex-presidente da CBF deixou a Suíça nesta terça após passar cinco meses na prisão em Zurique. Agora, tentará entrar em acordo com a Justiça americana

O ex-presidente da CBF, José Maria Marin, foi extraditado para os Estados Unidos na tarde desta terça-feira, depois de passar mais de cinco meses detido em uma prisão de Zurique, na Suíça. O dirigente de 83 anos, acusado de receber milhões de dólares de subornos em contratos da CBF, viajou para Nova York, onde mantém residência e tentará fechar um acordo com a Justiça americana.

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O brasileiro foi entregue a dois policiais americanos em Zurique que o acompanharam no voo para Nova York, informou Folco Galli, porta-voz do Departamento Federal de Justiça e Polícia da Suíça, em comunicado. Caso Marin aceite os termos da Justiça dos Estados Unidos, ele ficará proibido de manter qualquer tipo de contato com seu antecessor Ricardo Teixeira ou o atual presidente da CBF, Marco Polo Del Nero, até o final do julgamento, o que pode levar anos.

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Marin negocia fiança de R$ 40 milhões por prisão domiciliar

Ao desembarcar em Nova York, ele deve ser levado diretamente para uma delegacia e, menos de 78 horas depois, seguirá para sua primeira audiência na Corte do Brooklin. Graças a um acordo preestabelecido com o FBI, o brasileiro vai permanecer em prisão domiciliar, em seu apartamento na Quinta Avenida, e terá de pagar uma fiança milionária.

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Marin foi o último entre os sete cartolas presos em maio a ter seu caso avaliado pelos suíços. Foi justamente a negociação para sua prisão domiciliar que atrasou a definição de sua situação. Seus advogados abriram diálogo com o Departamento de Justiça dos Estados Unidos para garantir que o ex-presidente da CBF receberia certos privilégios ao desembarcar no país.

Marin continuará a se declarar inocente e o processo vai seguir seu trâmite durante 2016, mas ele aceitou “colaborar com a investigação” e colocar uma parte significativa de seus bens nas mãos da Justiça. Isso vai incluir até mesmo uma garantia assinada por sua esposa.

Proibição – Por enquanto, o cartola brasileiro não teria obrigações de delatar ninguém. Mas a Justiça americana garante que, com Marin nos EUA, voltará a colocar o assunto sobre a mesa. Um dos focos dos americanos é traçar o envolvimento de Kleber Leite, dono da empresa Klefer, uma das parceiras da CBF, além de Marco Polo Del Nero e Ricardo Teixeira.

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Como as investigações continuam, Marin ficará impedido de manter qualquer tipo de contato com Del Nero, Teixeira ou Kleber Leite. Se violar esse princípio, irá imediatamente a uma cadeia em Nova York. A meta dos investigadores é impedir que Marin possa repassar informações do processo aos ex-companheiros. Marin foi o vice de Teixeira e, de forma constante, consultava o dirigente em Miami sobre os destinos da CBF. Já Del Nero era o homem que acompanhava diariamente as atividades de Marin e foi escolhido como seu sucessor.

(Com Reuters e Estadão Conteúdo)

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