Maradona defende Guerrero e critica suspensão por doping
Maradona lembrou o que viveu em 1994 e fez apelo à Fifa. Presidente Infantino demonstrou solidariedade, mas ressaltou que decisão não cabe à entidade
O ex-jogador argentino Diego Armando Maradona publicou um texto nesta terça-feira, em suas redes sociais, em que relembra seu envolvimento com drogas e sua suspensão por doping no Mundial de 1994, para manifestar seu apoio ao peruano Paolo Guerrero, cortado da Copa do Mundo da Rússia pelo mesmo motivo – uma substância presente na cocaína foi encontrada em seu organismo.
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“Hoje eu quero estar ao lado de Paolo Guerrero, neste momento tão feio que eu também tive que passar. Eu tive uma doença e ninguém teve pena de mim, pelo contrário. Ninguém me ofereceu uma saída e acho que isso tem que acabar”, publicou Maradona.
O argentino foi excluído durante a Copa de 1994 após testar positivo para cocaína. Já o jogador do Flamengo alega ter tomado, por engano, um chá com a substância proibida – tese aceita pelo Tribunal Arbitral do Esporte (TAS), que ainda assim lhe impôs uma pena de 14 meses de suspensão, que o tiraria do Mundial da Rússia.
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Maradona afirmou estar há 14 anos sem usar drogas e aproveitou a situação para criticar os métodos utilizados pela Fifa nos casos de jogadores pegos no doping. “Eu acredito que a prevenção é sempre melhor do que 14 meses de punição. Eu digo isso porque eu vivi em minha própria carne. Eu não fiquei surpreso, porque naquela época havia Joseph Blatter e Julio Grondona, dois ladrões. Mas hoje temos um presidente que saberá interpretar minhas palavras”, completou.
Infantino apoia Guerrero, mas situação não muda
Nesta terça, Guerrero teve uma reunião na Suíça com Gianni Infantino, presidente da Fifa, para pedir apoio da entidade na tentativa de jogar o Mundial da Rússia. O presidente da Federação Peruana de Futebol, Edwin Oviedo também estava presente. A situação, porém, não avançou.
Infantino demonstrou apoio a Guerrero, mas ressaltou que a punição não partiu da Fifa, mas do Tribunal Arbitral do Esporte (TAS), uma instância superior, o que lhe deixa com remotas esperanças de disputar o Mundial da Rússia. O atacante saiu do local sem dar entrevistas após quase duas horas de reunião.
(com Gazeta Press)