“Me sinto muito orgulhoso de defender uma pátria bolivariana, como queria o comandante Chávez”, disse Maradona, que acha que o ditador está olhando tudo do céu
No Brasil, Pelé tem a ingrata fama de ser um perna-de-pau dos microfones. As eventuais gafes cometidas pelo maior jogador de todos os tempos, no entanto, são fichinha se comparadas às sandices do ex-craque que muitos apontam como o segundo melhor da história. E o Brasil que se prepare: Diego Armando Maradona está a caminho, agora como comentarista do canal Telesur, idealizado pelo ditador venezuelano Hugo Chávez, morto há pouco menos de um ano. Ao assinar seu contrato, no domingo, o ídolo máximo dos argentinos gravou um vídeo falando sobre o novo emprego. Divulgado nesta segunda-feira, o vídeo começa com Maradona se dizendo emocionado com a chance de comentar o Mundial, mas logo descamba para um bizarro discurso do ex-craque apoiando o sucessor de Chávez, Nicolás Maduro. “Estamos vendo todas as mentiras criadas pelos imperialistas”, diz ele, em referência à calamitosa crise política vivida pelo país . “Eu estou disposto a ser um soldado da Venezuela para o que me mandarem.” A Telesur confirma que sua intenção ao contratar Maradona é fazer transmissões que misturem “esporte e política” durante a Copa.
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Maradona já foi comentarista de canais da Argentina e da Espanha em Copas do Mundo. Técnico da seleção de seu país no último Mundial, ele deixou claro que a decisão de fechar com os venezuelanos tem motivos ideológicos. “Me sinto muito, muito amigo do comandante Chávez”, explicou o argentino, que citou uma ligação espiritual com o ditador para justificar o acerto do contrato com a Telesur. “Era assim que o comandante ia querer.” Ao atacar os opositores de Maduro (“Esses senhores me dão asco”), Maradona repetiu palavras de ordem dos chavistas. “Creio na Venezuela. Viva Chávez, viva Maduro e avante. Me sinto muito orgulhoso de defender uma pátria bolivariana, como queria o comandante Chávez.” Em outro trecho, Maradona diz que o ditador morto está acompanhando tudo do céu. A Telesur foi criada por Chávez como um canal multiestatal para “promover a integração latino-americana”. Outros governos aliados de Chávez – como os da Argentina, Bolívia, Equador e, claro, Cuba – também ajudam a bancar a emissora. No vídeo, Maradona aparece com uma camisa vermelha, com as bandeiras da Argentina e da Venezuela bordadas nos ombros, e os nomes de Chávez, Maduro e Cristina Kirchner no peito. E depois é Pelé que está gagá…
1/30 Diego Maradona durante visita a Gazzeta dello Sport, na Itália (EFE/VEJA)
2/30 Maradona em ação pela seleção argentina na Copa de 1986 (Reprodução/VEJA)
3/30 Romário e Maradona em reunião contra a Conmebol, em São Paulo (Paulo Whitaker/Reuters/VEJA)
4/30 Maradona durante torneio de tênis, em Dubai (AFP/VEJA)
5/30 Diego Maradona com sua segunda mulher, Verónica Ojeda, em Londres, em 2010; ela engravidou do ex-craque e deu à luz Diego Fernando, em 2013 (Julian Finney/Getty Images/VEJA)
6/30 Diego Maradona chega à China, onde esperava realizar o desejo de ser treinador de um time local (AFP/VEJA)
7/30 Maradona pula alambrado para defender namorada, nos Emirados Árabes Unidos (Reprodução / YouTube/VEJA)
8/30 No programa La Noche del Diez, comandado por Maradona na TV argentina, em 2005: elogios e até bate-bola. (veja.com/VEJA)
9/30 Maradona comemora a vitória da Argentina na Copa do Mundo em 1986, no México (Foto: Bob Thomas/Getty Images/VEJA)
10/30 Maradona jogou no Barcelona entre 1982 e 1984 (Getty Images/VEJA)
11/30 Novak Djokovic (à esq.) e Diego Maradona disputaram partida de tênis (Reprodução/VEJA)
12/30 Diego Maradona, técnico do Al-Wasl nos Emirados Árabes Unidos, em coletiva após treino do time em Dubai (Marwan Naamani/AFP/VEJA)
13/30 Ao lado da mulher, Maradona visita a mãe, internada em um hospital de Buenos Aires (MARTÍN QUINTANA/EFE/VEJA)
14/30 Diego Maradona esteve no Rio em 2006. (veja.com/VEJA)
15/30 Roberto Carlos visitou Maradona (à dir.) em Dubai (Sergei Rasulov Jr/Reuters/VEJA)
16/30 Xuxa e Maradona durante um programa de TV em Buenos Aires, 2005 (Canal 13/Reuters/VEJA)
17/30 O argentino Diego Maradona, ex-jogador campeão mundial de futebol, passou muito tempo em clínicas de desintoxicação tentando se livrar da cocaína. (veja.com/Getty Images)
18/30 Maradona com Fidel Castro e Hugo Chávez (Estudios Revolucion/AP/VEJA)
19/30 O presidente da Venezuela, Hugo Chavez, recebeu Diego Maradona, técnico da seleção Argentina, no palácio presidencial Miraflores em Caracas (Foto: Juan Barreto/AFP/VEJA)
20/30 Maradona em sua última partida como técnico da seleção da Argentina: a derrota de 4 a 0 para a Alemanha (Getty Images/VEJA)
21/30 O técnico da Argentina, Diego Maradona, fuma um charuto após treinar sua equipe em Pretória, na África do Sul. A Argentina joga contra a Alemanha pelas quartas de final da Copa do Mundo no dia 3 de julho. (Foto: Daniel Garcia/AFP/VEJA)
22/30 A imagem do técnico argentino, Diego Maradona, aparece em um telão do estádio Ellis Park, em Johannesburgo, onde as seleções da Argentina e da Nigéria se enfrentam. (veja.com/Getty Images)
23/30 Quando a bola saiu de campo, Maradona recebeu com os pés. (veja.com/Getty Images)
24/30 Maradona durante partida das Quartas de Final entre Argentina e Alemanha (Daniel Garcia/AFP/VEJA)
25/30 Na partida entre Argentina e Nigéria, o técnico e ex-jogador Diego Maradona foi um show à parte: brincou com a bola e fez embaixadas. (Fotos: Getty Images/Getty Images)
26/30 O técnico argentino Diego Maradona da instruções ao jogador Lionel Messi, durante partida da Copa do Mundo, em 2010 (Laurence Griffiths/Getty Images/VEJA)
27/30 O técnico da Argentina, Diego Maradona, durante as partidas da primeira fase da Copa do Mundo (Foto: AFP/VEJA)
28/30 Maradona lamenta derrota para a Alemanha nas Quartas de Final da Copa da África do Sul (Pierre-Philippe Marcou/AFP/VEJA)
29/30 O técnico argentino Diego Maradona abraça o atacante Lionel Messi após a derrota de 4 a 0 para a Alemanha nas quartas de final (Foto: John MacDougall/AFP/VEJA)
30/30 Técnico da seleção argentina de futebol, Diego Maradona brincou com crianças na África do Sul (veja.com/Reuters)
1/61 Membro da Polícia Nacional Bolivariana carrega uma bandeira da Venezuela durante manifestação pelo aniversário da prisão do líder da oposição Leopoldo López em Caracas – 18/02/2015 (Miguel Gutiérrez/EFE)
2/61 Membros da Polícia Nacional Bolivariana retiram barricadas durante manifestação pelo aniversário da prisão do líder da oposição Leopoldo López em Caracas – 18/02/2015 (Miguel Gutiérrez/EFE)
3/61 Lilian Tintori (c), esposa do líder da oposição, Leopoldo López, participa das manifestações pelo aniversário de um ano de prisão de seu marido, em Caracas – 18/02/2015 (Manaure Quintero/EFE)
4/61 Estudante é detido pela Guarda Nacional Venezuelana durante protesto anti-governo em Caracas (Juan Barreto/AFP/VEJA)
5/61 Manifestantes anti-governo protestam após a destruição de um acampamento por autoridades venezuelanas em Caracas (Carlos Garcia Rawlins/Reuters/VEJA)
6/61 Polícia entra em confronto com estudantes durante protesto contra o governo de Nicolás Maduro, depois que autoridades venezuelanas destruíram um acampamento de manifestantes em Caracas (Juan Barreto/AFP/VEJA)
7/61 O acampamento de manifestantes anti-governo foi desmantelado pela Guarda Nacional Venezuelana em frente à sede da ONU, em Caracas (Carlos Garcia Rawlins/Reuters/VEJA)
8/61 Polícia entra em confronto com estudantes durante protesto contra o governo de Nicolás Maduro, depois que autoridades venezuelanas destruíram um acampamento de manifestantes em Caracas (Juan Barreto/AFP/VEJA)
9/61 O acampamento de manifestantes anti-governo foi desmantelado pela Guarda Nacional Venezuelana em frente à sede da ONU, em Caracas (Carlos Garcia Rawlins/Reuters/VEJA)
10/61 Membros da Guarda Nacional Venezuelana reagem após serem atingidos por um coquetel molotov jogado por estudantes durante confrontos na Universidade Metropolitana de Caracas (Christian Veron/Reuters/VEJA)
11/61 Membros da Guarda Nacional desmantelam acampamento de estudantes em frente à sede da ONU, em Caracas (Carlos Becerra/AFP/VEJA)
12/61 Manifestante queima foto do ex-presidente Hugo Chávez em Caracas (Reuters/VEJA)
13/61 Estudante venezuelano usa escudo da polícia durante protesto contra o governo do presidente Nicolás Maduro, em Caracas – (12/03/2014) (Leo Ramirez/AFP/VEJA)
14/61 Estudantes venezuelanos entraram em confronto com a polícia durante protesto contra o governo do presidente Nicolás Maduro, em Caracas – (12/03/2014) (Leo Ramirez/AFP/VEJA)
15/61 Estudantes venezuelanos entraram em confronto com a polícia durante protesto contra o governo do presidente Nicolás Maduro, em Caracas – (12/03/2014) (Juan Barreto/AFP/VEJA)
16/61 Estudantes venezuelanos caminham em meio a bombas de gás lacrimogêneo disparadas pela polícia durante um protesto contra o governo do presidente Nicolás Maduro, em Caracas – (12/03/2014) (Leo Ramirez/AFP/VEJA)
17/61 Estudantes venezuelanos entraram em confronto com a polícia durante protesto contra o governo do presidente Nicolás Maduro, em Caracas – (12/03/2014) (Leo Ramirez/AFP/VEJA)
18/61 Manifestantes da oposição entraram em confronto com a polícia durante protesto contra o governo do presidente Nicolás Maduro, em Caracas – (05/03/2014) (Carlos Garcia Rawlins/Reuters/VEJA)
19/61 Manifestante da oposição segura um boneco do presidente Nicolás Maduro durante protesto em Caracas – (05/03/2014) (Carlos Garcia Rawlins/Reuters/VEJA)
20/61 Manifestantes da oposição entraram em confronto com a polícia durante protesto contra o governo do presidente Nicolás Maduro, em Caracas – (05/03/2014) (Carlos Garcia Rawlins/Reuters/VEJA)
21/61 Mulher carrega um retrato de Hugo Chávez durante parada militar em homenagem ao aniversário de morte do ex-presidente venezuelano (Jorge Silva/Reuters/VEJA)
22/61 Uma militar e uma moradora do bairro de 23 de Enero, em Caracas fazem orações no aniversário de morte de Hugo Chávez (Tomas Bravo/Reuters/VEJA)
23/61 Homem enfrenta a Guarda Nacional Bolivariana durante protesto na Venezuela, nesta quinta-feira (27) (Miguel Gutiérrez/EFE/VEJA)
24/61 Manifestantes participam de um protesto contra o governo de Nicolás Maduro nesta quinta-feira (27), em Caracas, na Venezuela (Juan Barreto/AFP/VEJA)
25/61 Manifestantes entram em confronto contra membros da guarda nacional durante um protesto contra o governo de Nicolás Maduro nesta quinta-feira (27), em Caracas, na Venezuela (Tomas Bravo/Reuters/VEJA)
26/61 Manifestante segura um cartaz em frente a policiais da guarda nacional em frente a embaixada de Cuba em Caracas, na Venezuela – 25/02/2014 (Jorge Silva/Reuters/VEJA)
27/61 Manifestante bate em panela durante protesto contra o governo de Nicolás Maduro, na Venzuela – 25/02/2014 (Luis Robayo/AFP/VEJA)
28/61 Manifestante em frente aos policiais da guarda nacional, durante protesto em San Cristóbal, na Venezuela – 21/02/2014 (Orlando Parada/AFP/VEJA)
29/61 Cartaz do presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, com a palavra Ditador é visto em um muro de Caracas, na Venezuela (Tomas Bravo/Reuters/VEJA)
30/61 Manifestantes contra o governo venezuelano na Praça Altamira, em Caracas (Reuters/VEJA)
31/61 Placa com a frase: "Irmão, não atire. Você também é uma vítima deste governo" durante protestos em Caracas (Reuters/VEJA)
32/61 Partidários do líder da oposição, Leopoldo Lopez, durante um comício para promover a paz em Caracas (Reuters/VEJA)
33/61 Milhares de manifestantes participam de um protesto convocado pelo líder da oposição venezuelana Leopoldo Lopez, em Caracas – (18/02/2014) (Miguel Gutierrez/EFE/VEJA)
34/61 Leopoldo Lopez, um dos líder da oposição ao governo de Nicolás Maduro, é escoltado pela Guarda Nacional depois de se entregar, durante uma manifestação em Caracas (Juan Barreto/AFP/VEJA)
35/61 Milhares de manifestantes participam de um protesto convocado pelo líder da oposição venezuelana Leopoldo Lopez, em Caracas – (18/02/2014) (Santi Donaire/EFE/VEJA)
36/61 Manifestante da oposição se coloca em frente a uma barreira policial durante protesto contra o governo do presidente Nicolas Maduro, em Caracas (Carlos Garcia Rawlins/Reuters/VEJA)
37/61 Manifestante de oposição segura uma bandeira da Venezuela, durante um protesto contra o governo do presidente Nicolás Maduro, em Caracas (Carlos Garcia Rawlins/Reuters/VEJA)
38/61 Estudantes saíram ás ruas durante protesto anti-governo em Caracas – (17/02/2014) (Santi Donaire/EFE/VEJA)
39/61 Estudantes sentam na rua sobre a frase A censura é ditadura, durante um protesto anti-governo em Caracas – (17/02/2014) (Juan Barreto/AFP/VEJA)
40/61 Manifestante com a bandeira da Venezuela em frente a um bloqueio de policiais durante protesto contra o governo do presidente Nicolas Maduro, em Caracas – (17/02/2014) (Santi Donaire/EFE/VEJA)
41/61 Manifestantes da oposição seguram cartazes em frente a um bloqueio de policiais durante protesto contra o governo do presidente Nicolas Maduro, em Caracas – (17/02/2014) (Carlos Garcia Rawlins/Reuters/VEJA)
42/61 Manifestantes da oposição durante protesto contra o governo do presidente Nicolas Maduro, em Caracas – (17/02/2014) (Carlos Garcia Rawlins/Reuters/VEJA)
43/61 Manifestantes da oposição durante protesto contra o governo do presidente Nicolas Maduro, em Caracas – (16/02/2014) (Miguel Gutiérrez/EFE/VEJA)
44/61 Manifestantes protestam contra o governo do presidente Nicolás Maduro neste domingo (16) em Caracas, Venezuela (Christian Veron/Reuters/VEJA)
45/61 Manifestante com uma bandeira venezuelana durante protesto contra o governo do presidente Nicolás Maduro, passa em frente a um grupo de policiais em Caracas (Jorge Silva/Reuters/VEJA)
46/61 Estudante Bassil DaCosta ferido a tiros durante um protesto da oposição contra o governo do presidente, Nicolas Maduro, em Caracas, na Venezuela (Manaure Quintero/AFP/VEJA)
47/61 Estudante ferido com um tiro na cabeça é levado por outros manifestantes para o interior de um veículo da polícia em Caracas, Venezuela (Alejandro Cegarra/AP/VEJA)
48/61 Manifestantes enfrentam a polícia durante protestos da oposição contra o governo do presidente venezuelano, Nicolás Maduro, em Caracas (Juan Barreto/AFP/VEJA)
49/61 Manifestante fica deitado no chão, enquanto membros da Guarda Nacional se preparam para atirar durante um protesto da oposição contra o governo do presidente, Nicolás Maduro, em Caracas (Leo Ramirez/AFP/VEJA)
50/61 Manifestante usa um estilingue para atigir a polícia durante protesto contra o governo de Nicolás Maduro, em Caracas (Carlos Garcia Rawlins/Reuters/VEJA)
51/61 Manifestação contra o governo do presidente da Venezuela, Nicolas Maduro, em Caracas (Reuters/VEJA)
52/61 Manifestante pula por cima de cordão de policiais em Caracas durante protesto contra o governo Maduro (Reuters/VEJA)
53/61 Manifestação contra o governo do presidente da Venezuela, Nicolas Maduro, em Caracas (Reuters/VEJA)
54/61 Policiais prendem manifestante em Caracas (Reuters/VEJA)
55/61 Homem é socorrido em manifestação contra o governo da Venezuela (AFP/VEJA)
56/61 Manifestante joga pedra durante protesto contra o governo da Venezuela (AFP/VEJA)
57/61 Manifestação contra o governo do presidente da Venezuela, Nicolas Maduro, em Caracas (Reuters/VEJA)
58/61 Homem é ferido durante em protesto contra o governo do presidente da Venezuela, Nicolas Maduro, em Caracas (AFP/VEJA)
59/61 Manifestante é preso por policiais à paisana em Caracas (Reuters/VEJA)
60/61 Viatura da Polícia Cientifica são queimadas durante protesto em Caracas<br><br> (AFP/VEJA)
61/61 O opositor Leopoldo López é colocado dentro de veículo da Guarda Nacional depois de se entregar à polícia em Caracas, na Venezuela (Jorge Silva/Reuters/VEJA)
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