Má fase pressiona Cuca e Galo para duelo decisivo contra o Palmeiras
Desempenho do Atlético-MG caiu e nem a reestreia do treinador foi suficiente para melhorar o cenário
A próxima quarta-feira se tornou um dia de reencontros. Às 21h30, o Galo tem compromisso pela Libertadores e enfrenta o Palmeiras, seu algoz na última temporada. O confronto decisivo marca também o retorno de Cuca ao Mineirão para comandar mais uma vez o Atlético-MG.
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Eliminado na Copa do Brasil, fora do G-6 e a dez pontos de distância do líder Palmeiras no Campeonato Brasileiro – isso com uma sequência de três jogos sem vencer. Após uma temporada de enorme sucesso no cenário nacional, o contexto atual do Atlético aponta para um ano de preocupação no quesito títulos… a fase não é boa e o momento é chave.
“Eu recebi um chamado e não tive como negar. Porque, se eu falasse não, em um momento desse, que o Atlético precisa de mim, eu acho que não seria justo com eles que tanto fizeram por mim. Não só os diretores, mas o Clube Atlético Mineiro fez por mim em toda a minha trajetória”, disse Cuca logo após voltar à Cidade do Galo.
A equipe precisou mudar o percurso, traçar uma nova rota com o carro já andando, no meio da estrada, para tentar uma vida longa na Libertadores. Foi assim que Cuca retornou, mas mesmo a alteração do comando técnico não parece ter surtido efeito, pelo menos não de imediato.
Na reestreia do treinador, o Atlético viajou para Porto Alegre e foi completamente dominado pelo Internacional – derrotado por 3 a 0 com todos os gols sofridos ainda no primeiro tempo. A equipe mineira melhorou na etapa final, mas longe de reagir no placar. De quarto colocado, o Galo caiu para sétimo e viu a parte de cima se distanciar na tabela.
“É assimilar, saber administrar uma derrota dura e tirar lições. Isso é trabalho meu até o próximo jogo que é importantíssimo”, falou o técnico na coletiva após a derrota.
Na prática, Cuca teve pouco mais de uma semana para reformular uma equipe que já conhecia. O desafio de fazer o time voltar a jogar bem justamente na partida mais decisiva do ano até aqui: “É recomeçar um trabalho que a gente sabia que ia ter. Então está no preço. Eu sei como fazer, de que forma fazer. As coisas vão melhorar… Você tem a oportunidade daqui dois dias de apagar uma derrota, um resultado ruim. Essa é a grande vantagem, num grande jogo”, finalizou.
Histórico e revanche
Cuca enfrentou o Palmeiras em 21 oportunidades como treinador, desde 2004. Não podemos dizer que o técnico é um freguês do Verdão, mas tampouco pode-se dizer que é um adversário tragável – com sete vitórias, oito empates e seis derrotas, Cuca tem um aproveitamento de apenas 46% contra a equipe paulista.
O retrospecto é no mínimo frustrante quando pensamos em Libertadores – o treinador perdeu a final do torneio em 2020, quando comandava o Santos. Apesar de não sair derrotado (foram dois empates), o Palmeiras também eliminou o Atlético na última temporada e com o próprio Cuca à beira do campo.
Após sete meses ausente do futebol, o técnico paranaense retorna para dar uma resposta e talvez se vingar do time de Abel Ferreira.
🔎 Hulk vive o seu maior jejum (460 minutos) de participações em gols com a camisa do Atlético-MG.
⚔️ 5 jogos
⚽️ 0 gols
🅰️ 0 assists
👟 10 chutes (2 no gol)
👊 15 faltas (14 sofridas)
🔄 7/17 dribles certos (42%)
✅ 70% acerto no passe
💪 34% duelos ganhos
💯 Nota SofaScore 6.66 pic.twitter.com/Yc1J6HINNA— SofaScore Brazil (@SofaScoreBR) July 31, 2022
Queda no desempenho
“Cabe a nós termos essa responsabilidade, todos tem que assumir. Não é só o treinador que saiu ou o que chegou. São todos. É degustar a derrota por mais difícil que seja, digerir um pedacinho cada um e disso tirar proveito”.
Cuca reassumiu com o discurso de virar a página e distribuiu a culpa entre todos. Turco Mohamed não deixou o Atlético por conta dos resultados, foram apenas cinco derrotas da equipe sob sua tutela, mas o desempenho deixava a desejar.
A má fase coletiva da equipe atingiu também os atletas de forma individual. Líder e destaque do Galo, o atacante Hulk não balança as redes a cinco jogos, oito se considerarmos apenas bola rolando (as duas últimas foram de pênalti).
Cérebro da equipe, o argentino Nacho Fernández deu sua última assistência ainda no final de junho, contra o Emelec, pela Libertadores. São oito jogos em branco desde então.
Guilherme Arana, que era uma arma letal pela esquerda, deixou de levar perigo aos adversários e tem apenas uma assistência nas 15 últimas oportunidades em que esteve em campo.
A missão de Cuca parece passar longe de apenas conseguir uma classificação para a semifinal da Libertadores. A missão do ídolo atleticano é fazer o time atingir um nível de desempenho já alcançado outrora, quando o próprio técnico subiu a régua e cresceu a expectativa da torcida. Títulos nacionais ou continental são consequências.
O passo mais importante para isso é na quarta-feira, às 21h30 (de Brasília), contra o Palmeiras de Abel Ferreira. O reencontro no Mineirão é apenas o primeiro capítulo para um livro de três meses apenas.
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