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Lewis Hamilton vence e conquista o bi. Massa é o segundo

Rosberg nem chegou a ameaçar o líder do campeonato – que teve no brasileiro da Williams o seu grande rival na corrida decisiva da temporada, em Abu Dhabi

“Bom trabalho, parabéns, você é uma lenda”, disse pelo rádio o príncipe Harry, que foi a Abu Dhabi para torcer por Hamilton

O britânico Lewis Hamilton é bicampeão mundial de Fórmula 1. Ele confirmou o favoritismo e conquistou o título da temporada de 2014 vencendo a última prova da temporada, neste domingo, no GP de Abu Dhabi, no circuito de Yas Marina. Esperava-se um grande duelo entre Hamilton e seu companheiro de equipe, o alemão Nico Rosberg, o único que tinha chances de impedir o título do britânico. Na corrida que fechou o campeonato, porém, foi o brasileiro Felipe Massa, da Williams, quem duelou com Hamilton – com problemas no carro, Rosberg ficou muito longe de ameaçar o colega de escuderia. Com um desempenho excepcional neste domingo, Massa liderou parte da prova e compensou a desvantagem no equipamento – a Mercedes é disparada a melhor equipe do ano – com muito arrojo e uma boa estratégia. Nas últimas voltas, o brasileiro fez de tudo para alcançar o britânico, mas não conseguiu retomar a liderança. Ficou em segundo, à frente do finlandês Valtteri Bottas, também da Williams, que completou o pódio. A Mercedes não era campeã da Fórmula 1 desde os tempos de Juan Manuel Fangio, nos anos 1950. Hamilton termina o ano com 384 pontos e Rosberg, com 317. Massa ficou em sétimo no campeonato, com 134 pontos.

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Hamilton largou para o último GP do ano com dezessete pontos de vantagem sobre o rival e precisando apenas de um segundo lugar para ficar com o título. Rosberg tinha de vencer e ainda torcer para o britânico ficar no máximo em terceiro. Mas a chance do alemão começou a encolher logo na largada, quando o britânico aproveitou um erro do concorrente e saltou na frente. Rosberg tentou perseguir Hamilton, mas começou a reclamar de problemas mecânicos em seu carro, que não tinha o mesmo rendimento que o do líder da prova e do campeonato. Na volta de número 27, ele caiu para terceiro, ultrapassado por Felipe Massa. O brasileiro assumiu a ponta na volta 32, quando Hamilton fez seu segundo pit stop na prova. Na volta 35, quando já tinha sido ultrapassado também por Valtteri Bottas, Rosberg ficou ainda mais distante do título: fez um pit stop lento e voltou para a pista só em sétimo lugar. Ao se comunicar com a equipe pelo rádio, o alemão demonstrava desespero, perguntando em qual posição ele precisaria chegar para ser campeão caso o companheiro de time batesse ou abandonasse a prova.

Hamilton, porém, administrava bem a prova, conduzindo o carro com segurança e mostrando que não estava preocupado em tentar alcançar Massa – ele queria apenas somar os pontos necessários para confirmar o título. Rosberg, enquanto isso, continuava em apuros: na volta 42, lutando contra os problemas do carro, ele chegou a sair da pista. Massa, que adiou ao máximo sua segunda parada nos boxes, fez seu último pit stop faltando onze voltas para o final. O brasileiro perdeu a liderança, mas voltou à pista disposto a alcançar Hamilton e conquistar sua primeira vitória pela Williams. Com pneus novos, Massa passou a diminuir a vantagem do britânico. Faltando oito voltas, o brasileiro fez a melhor volta da corrida e passou a arriscar ainda mais para fechar o ano com mais um troféu de primeiro lugar para sua estante. A diferença continuou caindo até os últimos momentos da prova, mas não houve tempo para que Massa grudasse no campeão e conseguisse ultrapassá-lo. Hamilton, que fez uma temporada extraordinária, venceu pela 11ª vez no ano. “Bom trabalho, parabéns, você é uma lenda”, disse pelo rádio o príncipe Harry, que foi a Abu Dhabi para torcer pelo britânico.

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Soberania – O duelo derradeiro entre Hamilton e Rosberg em Abu Dhabi encerrou uma temporada marcada pelo domínio da equipe Mercedes. Nas dezoito provas realizadas antes deste domingo, o time da montadora alemã fez a pole position em nada menos de dezessete corridas – sete com Hamilton, dez com Rosberg – e colocou um de seus pilotos no topo do pódio em quinze. O alemão venceu cinco GPs (Austrália, Mônaco, Áustria, Alemanha e Brasil) e o britânico, onze (Malásia, Bahrein, China, Espanha, Grã-Bretanha, Itália, Cingapura, Japão, Rússia e Estados Unidos, além de Abu Dhabi). Felipe Massa, da Williams, foi o único piloto de outra equipe a largar na frente em uma das provas (na Áustria) e Daniel Ricciardo, da Red Bull, o único representante de outra escuderia a vencer (no Canadá, na Hungria e na Bélgica). Em onze provas, a Mercedes fez a dobradinha no topo do pódio (oito vezes com Hamilton em primeiro e três com Rosberg na frente). Em função desse domínio, a Mercedes assegurou seu primeiro título do Mundial de Construtores com enorme antecedência, no GP da Rússia, em 12 de outubro.

Essa soberania foi mantida nos treinos para a prova deste domingo, que valia pontuação dobrada – sem a qual, aliás, Rosberg nem teria chance de alcançar Hamilton na última corrida do ano. O alemão parecia ter aumentado suas chances ao garantir a pole position: foi 386 milésimos mais rápido que o britânico. Ele largaria na frente pela 15ª vez na carreira, a 11ª nesta temporada e a terceira consecutiva. Mesmo acostumado a encabeçar o grid, Rosberg vacilou justamente num momento crucial do campeonato – e, ao permitir que Hamilton saltasse na frente logo na primeira curva, o alemão ficou em situação muito delicada. Massa, que largara em quarto, pulou para o terceiro lugar. A partir daí, o alemão precisava não só perseguir o companheiro de equipe e ultrapassá-lo como também torcer para que mais alguém superasse o britânico – algo que ficou ainda mais improvável com a punição aos dois carros da Red Bull, de Ricciardo e do alemão Sebastian Vettel, que largariam em quinto e sexto mas saíram da última fila porque usaram asas dianteiras fora das especificações da categoria.

Se Rosberg chegou para a batalha final sonhando com seu primeiro título mundial, Hamilton já conhecia a sensação de conquistar o campeonato, e justamente na última prova do ano: em 2008, no GP do Brasil, em Interlagos, o britânico garantiu o título na última curva, com uma ultrapassagem sobre o alemão Timo Glock, enquanto Felipe Massa, seu adversário na briga pelo troféu, já tinha cruzado a linha de chegada em primeiro. A Fórmula 1 agora entra de férias e retorna só em 15 de março de 2015, no GP da Austrália, que abre a próxima temporada. As principais novidades serão a estreia de Vettel – que vinha de quatro títulos consecutivos mas não venceu nenhuma prova neste ano – na Ferrari. O alemão chega à escuderia italiana para ocupar a vaga de Fernando Alonso, que deverá pilotar uma McLaren. A temporada terá vinte provas e, assim como neste ano, terá sua etapa final em Abu Dhabi, em 29 de novembro. O Brasil também continua no calendário, em 15 de novembro, de novo a penúltima prova do ano. As novidades são o retorno do GP do México e a mudança de circuito do GP da Alemanha, de Hockenheim para Nürburgring.

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