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Lewis Hamilton e Naomi Osaka: o ativismo dos campeões

Triunfos do piloto britânico no GP da Toscana e da tenista japonesa no US Open foram acompanhados de protestos contra o racismo e a violência policial

Duas importantes vozes no combate à injustiça racial tiveram muito o que comemorar neste fim de semana. No sábado 12, a tenista japonesa Naomi Osaka conquistou o bicampeonato do US Open , em Nova York, ao bater a bielorussa Viktoria Azarenka na final. Neste domingo, 13, o britânico Lewis Hamilton chegou à sua 90ª vitória na Fórmula 1, no GP da Toscana. Do alto do pódio, ambos pediram justiça a negros baleados pela policia nos Estados Unidos.

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Naomi Osaka bateu Azarenka por 2 sets a 1, com parciais de 1/6, 6/3 e 6/3 e conquistou seu terceiro título de Grand Slam, depois do US Open de 2018 e do Aberto da Austrália de 2019. Sua ótima fase reforçou a tese de seu treinador, o belga Wim Fissette, de que o ativismo vem melhorando o desempenho da atleta de 22 anos.

Ao longo de suas sete partidas no torneio em Nova York, Osaka entrou em quadra usando máscaras pretas com o nome de americanos negros vítimas de violência por parte de policiais, como Trayvon Martin, George Floyd e Breonna Taylor. “Quero as pessoas comecem a falar desses problemas e por isso utilizei as máscaras ao longo das duas semanas”, discursou a campeã. 

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No início da semana, o técnico da Osaka se disse orgulhoso da postura da atleta, filho de pai haitiano e mãe japonesa, que se mudou do Japão para os Estados Unidos aos três anos. “É um tema muito importante para ela. Ela teve uma atitude grande e inacreditável durante o torneio de Cincinnati. Nós a apoiamos, porque sabemos o quão importante isso é pare ela”, completou, citando o fato de Osaka ter se negado a jogar a semifinal do torneio de Cincinnnati em resposta à morte de Jacob Blake, um homem negro baleado pela polícia, em Wisconsin.

Na ocasião, Naomi Osaka, de 22 anos, justificou sua atitude e recebeu apoio da organização do torneio. “Olá. Como muitos sabem, eu deveria jogar minha partida de semifinal amanhã. Porém, antes de ser atleta, eu sou uma mulher negra. E como uma mulher negra, sinto que há coisas mais importantes nesse momento que requerem imediata atenção, mais do que me assistirem jogar tênis”, escreveu a jogadora em suas redes sociais.

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Na Itália, Lewis Hamilton venceu o GP da Toscana e ficou a apenas uma vitória de igualar o recorde de 91 triunfos de Michael Schumacher. Companheiro do britânico na Mercedes, o finlandês Valtteri Bottas ficou em segundo, e o tailandês Alexander Albon, da RBR, subiu ao pódio pela primeira vez na carreira, em terceiro. Hamilton lidera o Mundial de pilotos e, em 2020, também pode empatar com Schumacher em número de títulos: sete. 

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O britânico subiu ao pódio com uma camiseta com a mensagem: “Prendam os policiais que mataram Breonna Taylor”, em referência ao caso da jovem negra de 26 anos, morta a tiros pela polícia em seu apartamento em Louisville, no Kentucky, há exatos seis meses. Os policiais envolvidos foram apenas afastados ou demitidos, sem que nenhuma acusação criminal fosse apresentada.

Hamilton tem liderado uma série de protestos contra o racismo durante as corridas de Fórmula. Na abertura da temporada, ele e alguns outros pilotos se ajoelharam e usaram camisetas com mensagens pedindo o fim do racismo.

Antes do início da prova, o hexacampeão de F1 Lewis Hamilton vestiu uma camiseta com os dizeres Vidas Negras Importam, o lema da campanha intensificada após a morte de George Floyd Mark Thompson/Getty Images
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